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Com atuação destacada na área de telecomunicações, o Instituto de Ciência e Tecnologia SiDi vem se aproximando do setor elétrico e conta com as mudanças tecnológicas do mercado de energia como uma das portas de entrada. De acordo com José Paulo Mendes, executivo de energia do centro, descobrir os comportamentos do consumidor será um dos desafios de distribuidoras e comercializadoras, com a perspectiva de abertura de mercado livre. A meta é crescer 50% na área ainda este ano.

Prevendo uma transformação digital, Mendes aposta que a internet da coisas, sensores distribuídos na rede e uso de dados darão o tom nos projetos. “Quem vai minerar os dados para tirar insights? Acredito que isso vai demandar bastante”, avisa. Para ele, a energia cada vez mais aparece como fundamental nos processos de transformação dos setores.

Ele lembra que o fato dos próximos projetos de P&D terem que apresentar produtos ao invés de papers foi outro adicional para o direcionamento à energia. “O setor de energia está carente de projetos de pesquisa que gerem produto no final”, comenta. Geração, Distribuição e Transmissão també estão no alvo do SiDi, que nos últimos anos também se aproximou de segmentos como o agronegócio o e os que envolvem utilities.

Hoje o centro de pesquisa participa de um P&D da Cemig Geração na área socioambiental. Mendes mostra-se animado com o projeto, que estrutura dados sobre o entorno das usinas, envolvendo stakeholders, impactos ambientais e até mesmo a produção de energia. Outro P&D que está sendo executado com uma transmissora é o de um produto de gêmeo digital que replica o diagrama unifilar de uma subestação, fazendo todos os cenários possíveis e as consequentes decisões. “É usado para treinamento dos operadores, para desenvolvimento de pessoas”, explica.

A área de telecomunicações é conhecida pelas constantes inovações tecnológicas. Por outro lado, a de energia, apesar de ter avançado nos últimos anos é considerado, segundo Mendes, tradicionalista. “O setor é refratário a novas ideias”, observa, dando como exemplo a cibersegurança, tema que antigamente não ecoava entre os agentes , mas que hoje já vem sendo abraçado estrategicamente por muitos players.

Com unidades em Campinas (SP), Recife (PE) e Manaus (AM), o SiDi completará 20 anos de atuação e hoje tem 850 pesquisadores em Campinas, Recife e Manaus. A Samsung, que originou o ICT, é a maior cliente. Isso segundo o executivo faz com que predicados como a celeridade nos processos e a inovação na execução dos projetos se apresentem, o que ele almeja transferir para energia.

Mendes elogia o programa de Pesquisa & Desenvolvimento da Agência Nacional de Energia Elétrica, mas acredita que a destinação dos recursos pode sofrer aprimoramentos. Ele lembra que outras fontes de fomento, como Embrapii e BNDES também podem ser usadas juntos com os recursos da Aneel por empresas para P&D nos projetos.