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A Andritz Feed and Biofuel está avançando com suas entregas de equipamentos para produção de pellets de biomassa, que além de reduzirem emissões de dióxido de carbono trazem maior eficiência para as usinas de geração de energia a partir da compactação de volumes para queima de diversos materiais renováveis, como serragem, cascas, cavacos de madeira, palha, bagaço e diversos outros resíduos agrícolas.

À Agência CanalEnergia, o gerente de vendas da empresa, Eduardo Soffioni, informou que cinco usinas a biomassa utilizam as soluções da multinacional dinamarquesa no Brasil para matéria-prima úmida e seca a resultados expressivos, com a demanda crescendo após a eclosão da guerra na Ucrânia e impactando em uma visão de não dependência da cadeia de fornecimento e de uma matriz elétrica mais diversificada.

“A quantidade de combustível com emissões neutras de CO2 produzido com essas máquinas substitui quase cinco milhões de toneladas de petróleo por ano”, destaca o executivo, citando o processo de peletização da madeira através de “moinhos de martelo”, que atuam na redução de tamanho dos materiais, incluindo moagem e trituração, além dos  condicionadores, projetados para misturar e condicionar simultaneamente a alimentação do maquinário.

Moinhos de martelo atuam na redução de tamanho dos materiais, incluindo moagem e trituração (Andritz)

As capacidades das máquinas variam entre 2 toneladas por hora (tph) e 7 tph para cada linha de peletização, ainda que o portfólio conte com tecnologia para até 12 tph. O processo consiste em efetuar a compactação de materiais de difícil fluidez para melhor armazenamento, transporte e logística. Com mais energia dentro de uma só unidade ou pellet, as soluções podem eficientizar não só ativos a biomassa, mas também a segmentos como aquecimento residencial e de aviários.

“Muitas vezes uma densidade muito leve impossibilita fazer uma transferência via caminhão, trem ou navio, com a transformação a algo parecido com grãos o que facilita as operações e movimentações”, explica Soffioni.

Com mais de 170 anos de atuação global, a companhia destaca um portfólio completo para a indústria da biomassa, desde a parte do recebimento de toras para corte e transformação em terras, assim como na conversão de subprodutos agrícolas e florestais em pellets de combustível densos e uniformes resíduos. Também ressalta o diferencial de ser um fornecedor único mas que também pode efetuar alguma parceria pontual para atender a necessidades específicas de determinados clientes.

“Conseguimos oferecer uma máquina simples como um Fusca, mas também uma frota de Ferrari”, pontua Soffioni. Na sua visão, cada vez a indústria vem transformando os resíduos em uma fonte de energia sustentável, replantando também as florestas, mas o Brasil ainda está muito aquém dos seus potenciais. “Temos aqui 50 indústrias de pallets, enquanto o Chile, que é um país bem menor e com menos potencial florestal tem a mesma quantidade”, pondera.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), somente em 2018, a produção nacional dos insumos naturais energéticos da biomassa foi de 91,3 milhões de toneladas equivalentes de petróleo. A ampliação do seu uso é uma estratégia vista como importante para que o Brasil cumpra com as metas ambientais estipuladas, como as do Acordo de Paris, que propôs a redução de 37% de suas emissões até 2025, além de medidas adicionais em energias renováveis e eficiência energética.