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A AES Brasil reportou lucro líquido de R$ 35,9 milhões no segundo trimestre do ano, alta 286% na comparação com o mesmo período do ano passado. No acumulado do ano, a geradora teve um resultado 20% maior, com R$ 96,3 milhões. O resultado ebitda da empresa no trimeste apresentou aumento de 45,2%, chegando a R$ 347,5 milhões e de janeiro a junho a alta é de 38,1%, para R$ 745,8 milhões.

A receita operacional líquida chegou a R$ 763 milhões entre abril e junho, alta de 22,9%, índice que fica um pouco menor quando analisado o resultado anual dessa linha do balanço. A empresa reportou R$ 1,5 bilhão, crescimento de 19,4%. Destaque para a margem líquida, que no trimestre ficou 45,6% mais elevado e no ano marca 36,9% a mais quando comparado ao ano passado. A margem líquida é o resultado da receita líquida menos o custo com energia, esse item, inclusive, recuou em 7,2% no trimestre e 7,4% na base anual.

De acordo com os dados apresentados pela geradora, a fonte que mais contribuiu para a receita líquida trimestral foi a hídrica com R$ 523,5 milhões. A eólica respondeu por R$ 207,9 milhões e a solar por R$ 39,8 milhões. A comercialização da AES Brasil somou R$ 55,9 milhões, ante nada do ano passado, mas nessa linha a margem líquida foi de R$ 3,9 milhões.

Considerando o ano, a tabela é a mesma com valores mais elevados sendo a UHE com R$ 1 bilhão, a fonte eólica com R$ 411,6 milhões, a solar com R$ 87,6 milhões. A atividade de comercialização teve receita líquida de que R$ 120 milhões, mas margem de R$ 12,7 milhões.

O volume de energia gerada na fonte hídrica terminou junho com 2.731 GWh, alta de 53,1% no período. No ano, as usinas hidrelétricas produziram 6.159 GWh, volume 38,9% maior do que em 2022. Já na fonte eólica foram 1.019 GW no trimestre e outros 1.981 GWh no ano, aumentos de mais de 100% nas duas bases. Em solar, a produção no trimestre ficou quase estável, com 140 GWh, 1,2% a mais no trimestre e no ano há uma redução de 2,4%. Explicada pela incidência de chuvas que fez os volumes ficarem praticamente no mesmo patamar de 2022.

O CEO da empresa, Rogério Jorge, destacou que nesse ano foram registradas incidências de ventos mais fortes em épocas que normalmente não se tem. Tradicionalmente a safra dos ventos começa agora em agosto, mas este ano, reportou ele, foram verificados ventos em fevereiro e junho.

“Na eólica, tivemos um aumento da disponibilidade dos ativos existentes e ainda a incorporação daqueles que foram adquiridos”, explicou o executivo. “Além disso, temos Tucano e Cajuína em fase avançada de construção, estando próxima da operação comercial. Em solar, a disponibilidade foi o destaque com índice de 99% no semestre. Na fonte hídrica, a disponibilidade também é o destaque com reservatórios elevados”, relatou.

O CFO da empresa, José Simão, destacou que a margem da fonte hídrica aumentou em R$ 49 milhões e da eólica em R$ 111 milhões. Esse ressaltou em entrevista a estratégia de portfolio da empresa que vendeu a preços superiores ao que vem sendo praticado no mercado na faixa de 8%.

Ele lembrou ainda que a alavancagem da geradora chegou a um ponto de inflexão porque os investimentos em ativos negociados foram feitos e com a aproximação da operação comercial esses projetos, Tucano, com 99% de execução, e a Fase A de Cajuína, com 97%, começarão a contribuir com a geração de ebitda. “A alavancagem consolidada está em 5,6 vezes, mas já no segundo semestre começa a reduzir e terá uma curva decrescente”, indicou ele, que lembrou ainda que essa dívida está totalmente equacionada e não há convenants financeiros atribuídos.

“Não temos problema de liquidez temos caixa e saldo suficiente para os investimentos e amortizações de dívidas”, afirmou o CFO. Aliás, a empresa vem trabalhando para reduzir o custo da dívida de curto prazo para uma de longo prazo indexada ao IPCA e não mais à Selic.