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Imbuída em ter 100% de suas operações atendidas por fontes renováveis no Brasil, a Siemens vem transformando sua sede em São Paulo em um exemplo de gestão e eficiência energética, descarbonização, entre outros pontos, utilizando suas próprias soluções digitais. Segundo o vice-presidente da Smart Infrastructure da Siemens no Brasil, William Pereira, atualmente a multinacional alemã tem 77% da sua energia elétrica vindo de tecnologias ambientalmente mais amigáveis à nível global, como eólica e solar, o que já acontece em sua unidade em Jundiaí (SP), que compra eletricidade no mercado livre.

“Na Europa tem muita geração a gás apesar de ter diminuído com a guerra, com muitos países voltando para o carvão e também correndo atrás de energia renovável”, comentou o executivo à Agência CanalEnergia, lembrando que a meta de descarbonização do grupo é atingir globalmente 90% até 2030.

Pereira foi o primeiro a falar no evento de inovação da Siemens que acontece nessa terça-feira, 8 de agosto, no Rio de Janeiro, destacando que a planta em Jundiaí contou também com a instalação de um sistema de sensoriamento para iluminação que reduziu em 50% o uso da energia para tal, com o mesmo sistema e software de gerenciamento a ser aplicado na unidade de Anhanguera, além de avançar na eletrificação de sua frota de veículos corporativos.

“É combinar o mundo real com o mundo digital, a partir de tecnologias com propósitos para diferentes setores, como na otimização de prédios, pensando em resfriamento, energia, água, resíduos e iluminação com eficiência operacional e conforto”, destaca, acrescentando a estabilidade e resiliência para a qualidade da rede de energia a partir de aplicações como gêmeos digitais e internet das coisas.

Planta industrial em Jundiaí tem iluminação inteligente e toda energia vinda de fontes renováveis (Siemens)

De acordo com o VP, os clientes industriais da companhia conseguiram uma economia de material de 50% com a digitalização de processos e de 30% na área de infraestrutura, como no conceito dos edifícios inteligentes, na eletrificação de caldeiras e escolha pelo consumidor do melhor mix para sua matriz energética. “Dá para conectar todos os elementos da indústria, infraestrutura e energia”, complementa.

Gêmeos digitais

Na apresentação do Full-stack Developer da empresa, Thiago Ribeiro, a tônica foi para os benefícios e oportunidades trazidas pelos chamados gêmeos digitais, que trazem aplicações para simulações avançadas de processos, excelência operacional, design/manufatura inteligente e o ciclo de vida dos produtos. “Clientes reduziram em 50% o consumo de material com os gêmeos digitais e 40% do consumo de energia e a pegada de carbono”, relatou, acrescentando que 80% do impacto ambiental de um produto acontece na parte de projeto.

O desenvolvedor também trouxe um case da Renom, uma geradora de energia renovável, que almeja um crescimento de seis vezes, passando de 500 MW para 3 GW de capacidade instalada. No caso a companhia utilizou o gêmeo digital do produto junto com ferramentas de ioT para capturar dados da operação, prevendo o comportamento dos sistemas com antecedência e fazendo as intervenções pertinentes. Como resultado houve o aumento de 20% da resposta efetiva na manutenção e 12% do custo operacional. “A empresa mudou seu modelo de negócio, que era baseado no tempo de entrega de solução, agora para entrega de energia, vendendo MW para os clientes finais com garantias”, pontua Ribeiro.

Outro caso trazido na palestra é da movimentação na indústria metalúrgica, sobretudo de alumínio, em busca da melhor gestão energética e redução da pegada de carbono. De acordo com Ribeiro, as empresas têm buscado ferramentas de conectividade com sistemas de automação para transformar os dados em informação, utilizando inteligência artificial para pontos de melhoria e personalização de relatórios. “Estão conseguindo reduzir 10% de seus consumos energéticos e 30% da pegada de carbono a partir de pontos fugitivos de gases poluentes”, informa.

(Nota da Redação: matéria alterada às 15 horas do dia 09 de agosto de 2023 para correção de informações. A empresa já atingiu a meta de ter 100% de energia renovável no Brasil, ao contrário do informado anteriormente, que seria alcançado no fim do ano)