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A Aeris Energy, fabricante de pás eólicas, segue de olho no mercado internacional, em especial o americano. De acordo com a companhia, é natural que num primeiro momento eles tenham uma oferta de produtos para esse mercado fabricando no Brasil, mas de forma mais estrutural e eles entendem que faz sentido e já estão avançando de forma positiva com potenciais clientes de instalação de fábrica fora do Brasil, mas esse ponto está na fase de estudo, porém bastante avançado. A companhia não vai fazer nenhum projeto greenfield sem antes ter um acordo comercial firmado e eles acreditam que em 2024 já deverá aparecer para eles.
Com relação a Inflation Reduction Act (IRA), o CEO da companhia ,Alexandre Negrão, afirmou durante a teleconferência com investidores realizada nesta sexta-feira, 11 de agosto, que a Aeris enxerga um apetite pela expansão internacional. “Ela continua no nosso radar, pois conseguimos ver clientes com esse apetite para que a gente acesse esse mercado, seja via exportação ou via produção local. Além disso, podemos observar no resultado do segundo trimestre de 2023 e também nas nossas projeções de que a nossa área de serviços, principalmente o internacional, está ganhando uma relevância significativa”, disse.
Ele ainda destacou que a área de serviços vai ter uma demanda maior em máquinas, pois exigem um serviço mais intenso e com isso estão revendo as suas projeções. “Dentro da companhia a gente sempre prevê que o services não ia passar de 2 a 3% da receita, mas acreditamos que esse número pode superar a casa dos 10% em 2024, então a gente está muito confiante e estamos investindo forte na nossa base é de serviços”, afirmou.
O CEO da companhia ainda citou o Dia do Perdão, estabelecido pela Aneel . “Houve uma anistia de 1,2 GW de energia eólica e uma regularização de 1,9 GW. E tivemos cerca 9,8 GW de anistia em solar e 1,2 GW de regularização, e esse número elevado de solar (9,8 GW) pode haver um espaço nas linhas de transmissões, o que pode ocasionar a antecipação de projetos de eólica”, disse.
Segundo o executivo, a energia eólica continua com uma demanda robusta na casa dos 18 GW sendo que eles tem cerca de 6 GW em construção. “Isso nos mostra que a demanda Brasil segue robusta e nos próximos cinco ou seis anos, porém, é possível perceber que pode haver uma diminuição no ano de 2024 e 2025 devido ainda a juros elevados e uma temporada de chuva forte que tivemos nos últimos dois anos, ou seja, o PLD está muito baixo apesar de estar dando sinais positivos. Com isso, nossa visão em 2024 e 2025 é ligeiramente mais baixo”, destacou o CEO da companhia.
Já com relação a qualidade e os novos contratos ele afirmou durante a teleconferência que a companhia não tem encontrado problemas com os clientes, porém tem visto ruídos por conta de problemas com os clientes.
Ele ainda destacou que o backlog da companhia está focado em renovações e extensões de contratos e a entrada de novos clientes. “Nós acreditamos que no curto prazo devemos ter uma edição de backlog na casa de 2 GW em 2023 e um aumento de backlog na casa dos 4 GW para 2024. Com isso, acreditamos que esse ano e no próximo devemos adicionar mais 6 GW de backlog para o nosso negócio”, declarou.