Olá, esse é um conteúdo exclusivo destinado aos nossos assinantes
Para continuar tendo acesso a todos os nossos conteúdos, escolha um dos nossos planos e assine!
Redação
de R$ 47,60
R$
21
,90
Mensais
Notícias abertas CanalEnergia
Newsletter Volts
Notícias fechadas CanalEnergia
Podcast CanalEnergia
Reportagens especiais
Artigos de especialistas
+ Acesso a 5 conteúdos exclusivos do plano PROFISSIONAL por mês
Profissional
R$
82
,70
Mensais
Acesso ILIMITADO a todo conteúdo do CANALENERGIA
Jornalismo, serviço e monitoramento de informações para profissionais exigentes!

O desafio de alcançar as metas do Acordo de Paris de 2015 está mais alto do que nunca. As emissões globais continuam aumentando e, segundo dados da Agência Internacional de Energia, voltaram ao patamar anterior à pandemia de covid-19, após a desaceleração global que se seguiu entre 2020 e 2021 quando se analisa dados da parcela que responde por 75%, a de setores de energia e processos industriais. Por isso, aponta a consultoria PSR em sua mais recente edição do Energy Report, de julho, as corporações podem contribuir de maneira significativa para enfrentar essa situação.

A consultoria lembra que, segundo a AIE, houve um aumento de 321 Mt CO2 nas emissões globais de energia e de processos industriais com relação ao ano anterior. E ainda pior, foi registrado um aumento de 1,6% das emissões globais de CO2 da queima do carvão, levando a um novo recorde de emissões de 15,5 Gt de CO2.

“Como consequência, a trajetória atual de aquecimento global deve levar a um aumento de 2.5° C ou mais até o final do século. Isto traz grandes preocupações para a saúde e segurança da população mundial, em especial nas regiões mais pobres e vulneráveis”, destaca a publicação da PSR.

E por estar no centro dessas emissões as corporações apresentam um vasto campo de atuação para evitar esse aumento da temperatura global. Uma das formas será atuar pelo lado da oferta com o aumento na escala de tecnologias como geração solar, eólica, sistemas de armazenamento em baterias químicas ou em forma de reservatórios em usinas reversíveis e reforço de redes elétricas nacionais e regionais. Pelo lado da demanda, a eletrificação do transporte e o uso de biocombustíveis onde é vantajoso do ponto de vista econômico.

E cita ainda as novas tecnologias como a captura de carbono e suas variantes de tecnologia, bem como a produção do hidrogênio de baixo carbono. “Ainda que estas novas tecnologias possam mudar o jogo climático no futuro, elas de forma alguma podem ser usadas para justificar um adiamento dos esforços para a redução das emissões no presente com as tecnologias maduras mencionadas. Ou seja, não é razoável que o esforço das corporações seja postergado à espera de uma tecnologia ‘salvadora”, avalia a PSR.

A consultoria reforça que a descarbonização de segmentos mais ‘difíceis’ é mais complexa, como cimento, aço e fertilizantes. Avalia que será necessária uma ação em escala global entre empresas e governos por meio de políticas nacionais e regionais com compromissos setoriais expressivos, seja por meio de incentivos ou por mecanismos obrigatórios de mitigação. Há ainda o que chama de mecanismos de pressão como a taxação de produtos em função de sua ‘pegada de carbono’ e ainda impor restrições a produtos não rastreáveis.

“Como principais contribuintes para as emissões de gases de efeito estufa e o consumo de recursos, as empresas têm a responsabilidade e capacidade de adotar práticas sustentáveis e impulsionar mudanças positivas no combate às mudanças climáticas”, opina a PSR na publicação mensal.

Algumas destas possibilidades, independente do ambiente regulatório ao qual seus negócios estão expostos são relacionados. Entre essas estão o estabelecimento de metas baseadas na ciência, a redução das emissões por meio da eficiência ou da contratação de fontes renováveis – bem como de certificados. E ainda, investir em pesquisa, desenvolvimento e inovação de tecnologias e produtos sustentáveis, realizar uma prestação de contas climáticas à sociedade, educar consumidores, adotar princípios de economia circular.

Na opinião da consultoria, “mesmo empresas empenhadas em contribuir para a redução das emissões sabem que essa tarefa pode ser bastante desafiadora. O primeiro desafio é saber quanto emitem”. E conclui que “os inventários de emissões são o primeiro passo do processo de descarbonização”.

Diante desse desafio aponta que é necessário um apoio por meio de parcerias e investimentos para a implementação de iniciativas que levem essas corporações para o caminho da redução, inclusive algumas dessas iniciativas globais do mundo privado para atuação responsável diante do clima, dentre as quais coloca uma lupa sobre a Science Based Targets, Race to Zero e The Climate Pledge.

E reforça ainda que apesar das múltiplas possibilidades e potenciais benefícios da descarbonização existem desafios reais para as empresas perseguirem suas estratégicas, pois a questão climática é bastante complexa e abrangente e que ajuda é fundamental para que realmente o caminho seja trilhado para combater as emissões. Pois, a natureza está alertando, como a onda de calor no hemisfério Norte e uma alteração, possivelmente irreversível, do padrão de circulação no Atlântico meridional, que pode alterar significativamente o clima da Terra.