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O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, criticou a atitude da Eletrobras de não ter comunicado ao governo a saída de Wilson Ferreira Junior da presidência executiva da empresa. Durante a entrevista sobre o apagão que afetou 25 estados e o Distrito Federal, ele reclamou que ficou sabendo da renúncia do executivo pela imprensa, e acusou o Conselho de Administração da empresa de aprovar um substituto à pressas para Ferreira Junior, sem consultar o maior acionista em numero de ações da companhia, que é o governo. O eleito foi o presidente do próprio CA.

Para o ministro, o episódio reafirma as criticas ao Conselho de Administração da Eletrobras, que publicou fato relevante informado sobre a decisão de Ferreira Jr. Para ele o episódio só reforça que a companhia não deveria ter sido privatizada.

Silveira disse que há um relação de desequilíbrio , pois o governo detém mais de 40% das ações da antiga estatal, mas tem o mesmo peso dos demais acionistas. Ele chegou a levantar suspeitas de que a linha na qual teria ocorrido o incidente desta terça-feira, 15 de agosto, poderia pertencer à empresa, mas depois recuou e disse seria leviano apontar a privatização como causa do episódio.

Disse, porém,  que o MME não recebeu a solidariedade da Eletrobrás em relação ao desligamento, e  que a antiga estatal é detentora de uma parte importante das linhas de transmissão do pais

“Fui saber de uma mudança estratégica na empresa pela imprensa, mesmo o governo e povo brasileiro detendo de balaiada as ações da Eletrobras”, afirmou, acrescentando que o fato é que essa correção de forças não esta adequada e, por isso, há uma ação no Supremo Tribunal Federal questionando a legalidade da limitação a 10% do direito a voto do governo na companhia.