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O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, defendeu o uso do gás natural como uma das alternativas de substituição do diesel, dentro do programa de descarbonização Energias da Amazônia. Silveira prometeu levar gás para parte dos sistemas isolados, ao falar sobre transição energética no evento AgroForum BTG, lembrando que o produto muitas vezes está próximo de térmicas a óleo. Ele foi entrevistado pelo presidente da PSR, Luiz Augusto Barroso.
O programa lançado no início do mês pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi instituído pelo Decreto 11.648, publicado no Diário Oficial da União desta quinta-feira, 17 de agosto. Ele prevê investimentos em torno de R$ 5 bilhões, e entre os projetos elegíveis para esses recursos estão obras para interligação de localidades onde é viável a instalação de linhas de transmissão. Para as comunidades mais distantes, está prevista a instalação de painéis fotovoltaicos, além de outras soluções de suprimento, como o uso de baterias.
Silveira repetiu que dos R$36 bilhões em subsídios pagos pelo consumidor na Conta de Desenvolvimento Energético, R$12 bilhões são usados para financiar o óleo diesel no norte do Brasil. “Então, vamos levar o gás, que é adequado ambientalmente comparado com o óleo.”
Lembrou que o governo está elaborando um política para aumento da oferta do gás natural, com o objetivo de reindustrializar e de descarbonizar o país. Para o ministro, “há um certo desdém da indústria do petróleo no Brasil com a questão do gás”, e é natural que as petroleiras tenham como maior objetivo a extração do óleo, tratando o gás como um subproduto. Ele defendeu o energético também como insumo para a produção de fertilizantes.