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A Quantum Participações anunciou que está avançando com um projeto de pesquisa e desenvolvimento (P&D) para validar uma metodologia que possibilite a análise técnico econômica da inserção de sistemas de armazenamento por baterias na rede básica de energia e como solução às alternativas usuais de expansão do sistema de transmissão. Citando benefícios como flexibilidade e eficiência, a empresa destacou que busca soluções que aumentem a confiabilidade e a resiliência da rede elétrica, trazendo ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) um recurso adicional para lidar com eventos como o apagão da última semana.
O grupo envolvido no estudo é formado pela Fundação para Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia (FDTE) da Universidade de São Paulo (USP), a consultoria PSR, a fabricante de equipamentos Weg, além da consultoria MRTS e o Instituto de Pesquisas Lactec. A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) participará ativamente da iniciativa, por meio de acordo de cooperação técnica firmado com a Quantum, visando utilizar a metodologia desenvolvida para subsidiar o planejamento da expansão e modernização do setor.
Dentre os benefícios mapeados estão o melhor aproveitamento da geração, evitando desperdícios de recursos eólico e solar; o alívio do congestionamento da rede de transmissão; controle de tensão e frequência; recomposição quase que instantânea de sistemas em caso de desligamentos, gerando maior flexibilidade e resiliência aos sistemas de transmissão, além da redução da tarifa para o consumidor por evitar despachos pontuais de termelétricas caras.
Na visão da Quantum, a participação da EPE é fundamental para direcionar os objetivos, visto que tende a ser um dos principais clientes do novo “produto” em um cenário de preocupação com a transição e segurança energética. O superintendente regulatório da companhia, Fabio Marques, observa que o projeto está sendo conduzido no momento correto e poderá contribuir com os aprimoramentos regulatórios pretendidos pela Aneel, que tem esse tema crescendo em sua agenda.
“Alguns dos desafios do escopo do projeto compreenderam simulações em softwares com intuito de dimensionar a potência e autonomia dos equipamentos que melhor atendam o SIN, além de identificar a quantidade de ciclos de carga e descarga para avaliar a vida útil esperada do ativo”, destaca.
O projeto foi apresentado previamente a representantes da Aneel, em 14 de agosto deste ano, onde tiveram a oportunidade de trocar informações e tirar dúvidas. Em breve haverá a divulgação de um workshop para apresentar os resultados parciais visando debates com a comunidade técnica, no intuito de definir os próximos passos para tornar a tecnologia uma realidade na rede de transmissão brasileira.