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A geração própria de energia solar acaba de ultrapassar a marca de 23 GW de potência instalada em residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos no Brasil, com mais de 3 milhões de unidades consumidoras atendidas pela tecnologia fotovoltaica. O dado é da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), que estima cerca de 2,1 milhões de sistemas fotovoltaicos dispostos em telhados, fachadas e pequenos terrenos.
Na visão da entidade, o crescimento da modalidade reforça o processo de transição energética e contribui para fortalecer a reindustrialização do país. A expansão poderia ser ainda maior, se não houvesse os bloqueios tidos como arbitrários pelas distribuidoras de energia, com mais de 3,1 mil pedidos de conexão cancelados e suspensos nos últimos meses, totalizando cerca de 1 GW represados, segundo estudo da associação. Com tais restrições, o prejuízo calculado ultrapassa os R$ 3 bilhões.
De todo modo, a tecnologia fotovoltaica está presente em 5.530 municípios e em todos os estados brasileiros, sendo que os estados líderes em potência instalada são, respectivamente: Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul e Paraná. O último mapeamento mostra que o Brasil reuniu cerca de R$ 115,8 bilhões em novos investimentos desde 2012, oportunizando mais de 690 mil empregos no período, espalhados em todas as regiões do Brasil. Já a arrecadação aos cofres públicos soma R$ 30,2 bilhões.
“Devemos seguir o exemplo da países mais desenvolvidos nesta área, em especial a Austrália, que com boas políticas públicas tornou-se referência global no uso da energia solar em residências e empresas, com cerca de 30% das unidades consumidoras naquele país atendidas por sistemas fotovoltaicos”, conclui o presidente do Conselho de Administração da Absolar, Ronaldo Koloszuk.