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A Migratio Soluções, Phama Energias Renováveis e a Torao Participações fecharam acordo e fundaram a Begreen para investir em amônia verde de forma descentralizada. A meta é de produzir 3 milhões toneladas anuais na cidade de Passo Fundo (RS). Mas a ideia é ter 10 unidades como esta ligadas a uma autoprodução de energia espalhadas pelo país.

O investimento em cada uma das unidades é de R$ 150 milhões, ou seja, o plano é de aportar ao total R$ 1,5 bilhão e deixar todas as unidades operacionais em até cinco anos. A primeira é prevista até o primeiro semestre de 2026.

De acordo com Fabio Saldanha, sócio-diretor do Migratio Soluções, empresa do Grupo Migratio Energia, até o momento há três unidades já em fase de implantação. Duas estão no Rio Grande do Sul, nas cidades de Condor e em Passo Fundo, além de uma unidade em Tocantins a casca de arroz com 5 MW. A fonte pode variar de autoprodução remota por meio de PCHs no RS. A água para a eletrólise será captada de poços artesianos.

“Nosso objetivo é de produzir fertilizantes e Arla 32 em escala comercial não temos a meta de exportar amônia”, explicou. “A escala de produção traz a rentabilidade que temos como objetivo como investidores”, acrescentou.

Serão produzidos diferentes tipos de fertilizantes a partir da amônia, de acordo com o que melhor se aplica às características do solo e das culturas em questão. Estão na mira milho, trigo e cana de açúcar inicialmente. Também a soja poderá ser contemplada, com uma formulação diferente, pois o seu cultivo não necessita tanto de nitrogênio.

Saldanha explicou que fertilizantes à base de amônia têm a vantagem de serem produzidos na forma líquida, a qual é muito mais eficaz em relação aos fertilizantes granulares tradicionais.

Outro destaque que a nova empresa dá é que mais de 80% dos fertilizantes nitrogenados são importados.  Os produtores poderão substituir a importação de fertilizantes tradicionais a base do uso de gás natural.

O idealizador do projeto é Luiz Paulo Hauth, diretor presidente da Phama Energias Renováveis. Ele chegou à Migratio pode meio do projeto IH2 da GIZ que buscou mais informações e forma de negociar créditos de carbono.

O projeto prevê a possibilidade de uma planta de produção do hidrogênio e amônia verdes ser abrigada na própria universidade. A Begreen fornecerá bolsas a alunos mestrandos e doutorando para a elaboração de pesquisas para a aplicação dos fertilizantes verdes. A conexão e fornecimento de energia são o foco do trabalho nesse momento para a unidade. O licenciamento já está equacionado, diz a Begreen.

*O repórter viajou a convite da Migratio Energia