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A Isa Cteep não entrará no leilão de transmissão de dezembro deste ano. A decisão da companhia veio em decorrência da assunção do lote 1 do leilão de transmissão que aconteceu em 30 de junho e que ficou com a empresa após a desclassificação do Consórcio Gênesis pela Aneel. Com esse lote, a empresa trouxe para seu portfólio um aporte de mais R$ 3,1 bilhões e ao total na disputa realizada esse ano já soma R$ 5,6 bilhões.

“Não devemos entrar no leilão de dezembro. A decisão de não entrar em corrente contínua existia, mas havia a possibilidade de disputarmos os lotes menores, mas com essa conquista entendemos não fazer sentido mais estarmos no certame. Para o ano que vem ainda não há decisão, estamos sempre buscando oportunidades”, afirmou o CEO Rui Chammas em teleconferência sobre o novo projeto adicionado à empresa.

A Cteep foi chamada pela Aneel para assumir o lote 1 com linhas de transmissão com mais de 1 mil quilômetros de extensão. A empresa foi a segunda colocada na disputa realizada no final do primeiro semestre com um deságio de 44,85% sobre a RAP máxima estabelecida pela Aneel com lance de R$ 284 milhões. Com isso, a empresa ficou como a maior vencedora do certame que contou com 9 lotes.

Ao total a empresa terá 1.615 km em novas linhas de transmissão e mais um reforço em uma subestação que já estava no portfólio da empresa.

Chammas destacou ao longo da teleconferência que não há riscos adicionais ao que normalmente existiria se a companhia saísse vencedora do lote na data original da disputa. A companhia já fechou contrato com fornecedores e esse lote agregado aos que a transmissora detém a concessão eleva o capex em projetos conquistados em leiloes a R$ 10,6 bilhões a serem realizados até 2028.

“Entendemos sermos capazes de otimizar os custos de investimentos ante o que prevê a Aneel e há a possibilidade de uma antecipação média nos lotes do leilão deste ano de 12 a 24 meses”, apontou ele.

Com mais esse lote, a Cteep aponta que chegará, quando as obras estiverem concluídas, a uma rede com 23,7 mil km em linhas de transmissão. A receita potencial com base no ciclo de 2023/2024 é de R$ 6,2 bilhões sendo R$ 510 milhões originados do leilão deste ano. Somente em lotes arrematados em leilões desde 2019 são R$ 2,5 bilhões, valor este que Chammas classificou como o que dá longevidade à empresa, por se tratarem de contratos de 30 anos de duração.