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Dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) mostram que o setor de energia solar no Brasil acaba de atingir a marca de 1 milhão de empregos acumulados, com mais de R$ 163 bilhões em investimentos desde 2012. A fonte fotovoltaica possui atualmente 33,5 gigawatts (GW) de potência instalada, somando as usinas de grande porte e os sistemas de geração própria de energia em telhados, fachadas e pequenos terrenos, o equivalente a 15% da matriz elétrica do País.

Durante a abertura da Intersolar South America, que acontece esta semana em São Paulo (SP), o CEO da Absolar Rodrigo Sauaia, destacou que atualmente a matriz elétrica brasileira possui 217.510 MW, sendo que a solar já ocupa 15% do mercado. “Para o futuro queremos fazer dessa fonte a maior do nosso país”, disse.

O executivo ainda destacou que o segmento teve um avanço muito grande em alguns estados, com destaque para Minas Gerais que voltou a ocupar a primeira posição no ranking. “Temos a oportunidade de levar a tecnologia versátil para todos, inclusive para os estados do Nordeste e Norte, onde ainda existem lugares que não estão conectados a rede”, ressaltou.

Sauaia também declarou que esse ano tivemos um avanço importante com a inclusão na medida provisória do governo federal do uso da energia solar nas casas populares. “Essa é uma possibilidade de que esse uso da energia solar avance com as novas casas que vão ser construídas pelo governo federal, que representa um potencial para o nosso setor. De grosso modo, serão R$ 10 bilhões investidos só nas casas populares e isso é uma grande oportunidade. Com isso, temos desafios importantes para superar nesse sentido”, disse.

Com relação as oportunidades, o executivo da Absolar afirmou que eles estão trabalhando nas políticas públicas para abrir as oportunidades das grandes usinas. “Nós podemos até 2026 instalar mais 18,9 GW no Brasil através das grandes usinas e até 2030 cerca de 46 GW. Isso tem tudo a ver com aquele caminho de tornar a solar a fonte número 1 até 2040”, declarou. Sauaia também afirmou que devido a abundância de recursos renováveis, o Brasil pode se tornar uma liderança na produção de hidrogênio verde.

Já a diretora da CELA, Camila Ramos, apontou que nos últimos 10 anos o setor contabilizou cerca de R$ 45 bilhões em arrecadação em tributos. Além disso, ela afirmou que desde 2012 já foram investidos em solar cerca de R$ 159 bilhões em novos projetos, cerca de US$ 30 bilhões, o mesmo valor que foi anunciado de investimentos no setor de hidrogênio verde no Brasil. “Com a abertura do mercado vamos desbravar novos negócios, como baterias e complementar a fonte solar. E não podemos esquecer do hidrogênio verde que promete multiplicar a energia solar aqui no Brasil e no mundo”, explicou.

Segundo o presidente do conselho de administração da Absolar, Ronaldo Koloszuk, 2023 é um ano bastante desafiador. “As perspectivas do último ano para a fonte solar atingiu o marco de ser a fonte número dois no Brasil e ninguém esperava esse crescimento. Até 2040 deverá ser a número um”, disse. Ele ainda destacou que com bom planejamento e analise de cenários vamos construir um final de ano e um 2024 muito melhor, com cerca 33 GW”, destacou.

Por fim, o secretário nacional do meio ambiente, Adalberto Maluf, afirmou que o governo está comprometido com a agenda ambiental e o Brasil voltou a ter agenda ambientalista mais forte e a solar vai continuar crescendo.