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Concebendo a liberalização do mercado como um caminho natural do setor elétrico brasileiro, assim como aconteceu com outros países, o CEO da Neoenergia, Eduardo Capelastegui, vê dois pontos que precisam de ajustes para permitir o avanço dessa pauta. O primeiro é a disparidade de preços entre os ambientes regulado e livre, entendendo que essa distorção poderá provocar uma procura para a contratação sem considerar os contratos legados das distribuidoras.

O segundo é a segurança de mercado e a transparência de preços, considerando ser preciso aumentar as garantias financeiras exigidas dos comercializadores. “A regra não é eficaz, mas acredito que vamos caminhar na direção certa, de normas estruturais de segurança que desestimulem agentes que visam ganhos no curto prazo”, avaliou Capelastegui durante o Prumo Day 2023, realizado na última quarta-feira, 30 de agosto, na cidade do Rio de Janeiro.

A ampliação do ACL é vista pelo executivo como um fator diferencial que permitirá reduzir o custo da energia elétrica, como também fomentar a oferta de soluções energéticas integradas ao perfil do consumidor. Segundo ele, esse novo cenário depende de um marco regulatório robusto, com direitos e obrigações muito bem definidos para funcionar de forma adequada.

Em relação à transição energética, Capelastegui comentou que três fatores serão decisivos para o desenvolvimento de soluções integradas: a oferta de energia renovável; tecnologia e o expertise dos operadores; e a governança para a viabilidade de um novo modelo de negócios, em que o operador, o investidor e o consumidor final atuam de forma conjunta.