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O consumo de energia elétrica atingiu 41.942 GWh em julho, alta de 1,7% em comparação com mesmo mês do ano passado, sendo o oitavo mês consecutivo de crescimento segundo o último levantamento mensal da Empresa de Pesquisa Energética. Novamente a classe residencial puxou o crescimento, com 4,7%, seguida pela classe comercial (1,9%), enquanto a indústria retraiu 0,7%. No acumulado em 12 meses, a demanda nacional chegou a 516.796 GWh, subindo 2% em relação ao período imediatamente anterior.
Quanto ao ambiente de contratação, o mercado livre registrou crescimento de 2,5% no consumo do mês, enquanto o cativo das distribuidoras ampliou em 1,2% suas demandas. De acordo com a EPE, temperaturas mais elevadas e a melhora da confiança do consumidor podem ter impulsionado o resultado. No caso do recuo no segmento industrial, a região Sul, Sudeste e o Centro-Oeste puxaram o índice negativamente, com 2,4%, 1,9% e 1,4%, enquanto o Nordeste (5,9%) e o Norte (1%) consumiram mais.
No mês, 21 dos 37 setores industriais monitorados retraíram seus consumos, comportamento também foi observado entre os dez ramos mais eletrointensivos, onde apenas três desses expandiram o consumo: metalurgia (2,2%), impulsionada pela cadeia do alumínio primário no Maranhão; fabricação de produtos alimentícios (3,1%), com contribuição da elevação nas exportações de açúcares e melaços; e extração de minerais metálicos (5%), puxada pela aceleração na produção de minério de ferro e de cobre na maior mineradora do país.
Por outro lado, as maiores reduções foram observadas na fabricação de produtos químicos, com 10,8%, principalmente devido a interrupção temporária na produção em duas grandes unidades consumidoras em Alagoas e na Bahia; fabricação de produtos de minerais não-metálicos perfazendo 4,2% e de produtos têxteis, onde o consumo caiu 5,8% refletindo a produção e o mercado consumidor de seus produtos.
Residências e comércios
Já nas residências a ampliação de 4,7% na demanda é atribuída ao clima mais quente e seco, com o El Niño influenciando na expansão. Outros fatores foram a adição no número de consumidores, redução das perdas de energia, melhora dos indicadores de qualidade distribuidoras e redução nas tarifas.
Todas as regiões registraram acréscimo no consumo, com o Norte seguindo sendo como maior destaque. Entre as Unidades da Federação, seis anotaram crescimento na ordem de dois dígitos: Amapá, Amazonas. Maranhão, Espírito Santo, Pará e Paraná. Enquanto isso, Rio de Janeiro, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, Rondônia e Distrito Federal computaram recuos.
Por sua vez, classe comercial apresentou crescimento de 1,9% na base de comparação anual. Apesar disso foi a menor taxa de variação desde fevereiro desse ano. O desempenho foi impactado por temperaturas mais elevadas e clima mais seco. De acordo com os últimos dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS/IBGE), o setor de serviços apresentou alta de 4,1% em junho. Transportes, serviços de informação e comunicação, serviços profissionais, administrativos e complementares e dos serviços prestados às famílias foram os que mais podem ter atuado na elevação do consumo. Já o setor de vendas varejo cresceu 1,3% em junho na relação interanual.
Por outro lado as vendas do setor de combustíveis e lubrificantes; artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo e móveis e eletrodomésticos foram os que mais podem ter interferido na subida do consumo. Com exceção da região Centro-Oeste, todas as outras anotaram expansão do consumo no período.