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A agência de classificação de risco Moody’s reafirmou o rating da Eletrobras em Ba2 na escala global e com perspectiva estável. Ao mesmo tempo, foi rebaixada a avaliação de crédito individual do Baseline Credit Assessment (BCA) de Ba2 para Ba3, principalmente devido à visão da agência em relação à estrutura de capital prospectiva da companhia e seu fluxo de caixa futuro em um cenário de preços de energia mais baixos no Brasil.

Após a oferta de ações em junho de 2022, a alavancagem da holding aumentou devido à consolidação de R$ 20 bilhões em dívidas da usina Santo Antônio e ao reconhecimento de cerca de R$ 40 bilhões em passivos de concessão de longo prazo, principalmente o da Conta de Desenvolvimento Energético e revitalização da bacia do Rio São Francisco. Uma maior alavancagem seria compensada ao longo do tempo com a recontratação da capacidade de produção a preços substancialmente mais elevados; no entanto, as atuais condições de mercado indicam preços de energia 47% inferiores aos inicialmente previstos. Como resultado, o menor índice de cobertura e o maior endividamento provavelmente levarão mais tempo para serem revertidos.

Nos doze meses encerrados em junho, a alavancagem consolidada da Eletrobras, medida pelo fluxo de caixa do capital de giro pré-operacional (CFO pré-WC) sobre a dívida líquida e incorporando os ajustes da Moody’s atingiu 12,6% ante 15,5% no média de três anos entre 2020 e 2022. Ao mesmo tempo, a cobertura de juros monetários deteriorou-se de 2,6x para 2,0x. As projeções atualizadas consideram o CFO pré-WC para uma dívida líquida em torno de 10% até 2026, com cobertura de juros variando de 2,0x a 2,3x. Anteriormente, o cenário de rating incorporava alavancagem em torno de 17,5% e cobertura de juros em 2,6x.

O cenário base dos ratings incorpora a continuidade do plano estratégico de negócios da companhia, juntamente com controles aprimorados e outras iniciativas para apoiar ganhos de eficiência operacional, levando a um EBITDA recorrente em torno de R$ 17 a 20 bilhões por ano no período projetado. Também considera que a empresa mantém uma abordagem disciplinada em relação a investimentos e dividendos, ao mesmo tempo que busca outras oportunidades de crescimento no mercado local. O orçamento atual já compreende R$ 17 bilhões a serem investidos até 2027, em projetos greenfield de energia, transmissão e modernizações de instalações existentes.