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O presidente da Associação Brasileira para o Desenvolvimento das Atividades Nucleares, Celso Cunha, comemorou declarações do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, de que é preciso retomar as obras da usina nuclear Angra 3. O empreendimento ainda deve passar por estudos de viabilidade técnica e econômico-financeira, conforme indicado pelo governo no Programa de Aceleração do Crescimento, mas Silveira disse na semana passada, na Câmara dos Deputados, que é preciso resolver as pendências, porque a usina representa energia firme e é fundamental.

“É uma energia firme, é uma energia que vai contribuir para o Brasil, inclusive desenvolvendo a cadeia do urânio, para que a gente possa não só ter o suprimento de urânio no Brasil, mas também ganhar outros mercados internacionais,” afirmou em audiência pública conjunta das comissões de Minas e Energia e de Fiscalização e Controle.

Cunha interpretou as afirmações como uma mudança de postura do ministro e do ministério em relação à conclusão das obras de Angra 3. O projeto da usina nuclear passou por sucessivas interrupções ao longo de décadas,  a última em 2015, em razão de denúncias de corrupção apuradas na Operação Lava Jato.

O dirigente da Abdan disse que o ministro tinha vindo a público falar sobre questões de equipamentos envelhecidos da central nuclear, depois de ter recebido “informações equivocadas” de diversos atores. Mas agora, afirma, ele e a equipe parecem ter tomado pé da situação, ouvindo as pessoas certas.

Cunha voltou a defender a flexibilização do monopólio estatal na área nuclear, além da liberação dos recursos para Angra 3. Acredita que há uma pressão no setor para acelerar a transição energética, usando, principalmente, fontes renováveis como usinas eólicas, e defendeu a contratação de empreendimentos que produzam energia de base, funcionando como bateria do sistema.

Esse papel tem sido feito pelas usinas hidrelétricas que, segundo ele, tem máquinas de mais de 40 anos, que precisam ser renovadas. Na visão do executivo, construir linhas de transmissão para escoar energia das renováveis não resolve o problema,  que seria resolvido com a implantação de térmicas, sejam elas a gás ou nuclear.