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Estudo realizado pelo Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis identificou as melhores áreas do estado para a implantação de infraestrutura de transmissão para escoa a energia gerada por usinas eólicas offshore. O mapeamento mostra cerca de 59,7 km de trechos no litoral com viabilidade para implantação de cabos submarinos e linhas de transmissão para levar a energia produzida ao consumidor. O Governo do RN investiu R$ 264,5 mil em convênio com o Instituto.

A metodologia incluiu a análise de dados oficiais, visitas em campo, além do desenvolvimento e uso de um modelo computacional que simula a passagem de infraestruturas de conexão dos futuros parques offshore .As rotas identificadas como possíveis pelos pesquisadores seriam capazes de viabilizar o escoamento de mais de 38 GW de geração de energia dos novos complexos. A maior parte desse volume, 41,05% ou 15 GW, chegaria ao Sistema Interligado Nacional por meio de grandes corredores que abrangem os municípios de Touros a Caiçara do Norte. Outros 10,11 GW passariam pelos municípios de Galinhos e Macau e 12,44 GW entre Porto do Mangue e Tibau.

De acordo com o Instituto, o estudo é considerado pioneiro e traz subsídios inéditos para o planejamento da infraestrutura no país e a prevenção de desencontros entre geração e transmissão de energia. Durante a apresentação do estudo, o diretor do Senai-RN e do ISI-ER, Rodrigo Mello, revelou que está sendo entregue um estudo que sugere, a partir de dados técnicos, sociais, ambientais e econômicos, quais são os principais pontos para a entrada e o escoamento da produção eólica offshore, com todos os aspectos para que as empresas tomem decisões e ganhem tempo.

O estudo também estabelece que os melhores locais para implantação das infraestruturas de transmissão ficariam distantes de Unidades de Conservação de Uso Sustentável, de Áreas Prioritárias de Conservação da Biodiversidade e de áreas com existência de aves migratórias. Regiões alagadas, rios e reservatórios, áreas urbanas e a área onde projeta-se a implantação do Porto Multipropósito Indústria-Verde do estado também foram excluídas das potenciais zonas de conexão, como forma de maximizar a preservação e mitigar possíveis conflitos.

De acordo com informações do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, há atualmente, dez complexos eólicos offshore cadastrados para o estado à espera de licenciamento. As áreas apontadas como mais promissoras para implantação da infraestrutura de escoamento da energia no estado, segundo o ISI-ER, demandarão outros estudos e análises para seleção de quais seriam as zonas prioritárias de investimentos.

Os pesquisadores que atuam no projeto ressaltam que o estudo é considerado chave para discussões e decisões relacionadas ao planejamento da infraestrutura energética do estado para a operação dos novos parques. O trabalho reuniu pesquisadores nas áreas de engenharia, geografia e geologia. Participaram da equipe Raniere Rodrigues, Maria de Fátima Alves de Matos, Mariana Torres, Priscila Pamplona, Rafael de Almeida, Lívian Pinheiro e Arthur Diniz Fernandes.