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Para atingir as metas preconizadas pelo Net Zero até 2050, a capacidade instalada eólica deverá crescer mais 7 TW em relação ao 1 TW em operação atualmente no mundo. A perspectiva foi apresentada pelo CEO do Global Wind Energy Council (GWEC), Ben Backwell. “O primeiro TW de energia eólica levou 40 anos e o próximo acontecerá em apenas sete anos, numa aceleração à nível mundial da fonte”, disse o executivo durante abertura do Brazil WindPower 2023, nesta terça-feira, 12 de setembro, em São Paulo.
Backwell destacou que a expansão plena da tecnologia em consonância com a neutralidade do carbono deve acontecer num horizonte de 25 anos, crescendo oito vezes em relação a potência instalada atual. Ele prevê desafios enormes para a indústria, que deverá conviver a partir de 2025 com a falta de equipamentos nos Estados Unidos e Europa, não somente de turbinas ou naceles, mas também de cabos, ativos de transmissão, navios, entre outros.
“O Brasil possui uma oportunidade única com sua matriz mais de 80% renovável, além de não ter inimigos diplomáticos, podendo ser um importante exportador de commodities verdes”, comentou o especialista, citando como exemplos o aço, cobre, amônia e outros insumos.
Assim os aerogeradores saem de uma condição de meros fornecedores de energia para o país, para um potencial que se abre ao exterior, sobretudo com o advento do hidrogênio verde. “Temos que preparar os próximos passos agora, por isso a inclusão dos temas da eólica offshore e do hidrogênio verde, que pode ser o mais competitivo do mundo”, conclui, lembrando que além do BWP o setor poderá debater e avançar mais nesses temos no próximo encontro do G20 e da COP, que acontecerão por aqui.