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Num contexto internacional, a preparação para a eólicas offshore e hidrogênio verde precisa de confiança e uma previsibilidade de políticas públicas de longo prazo. Para o gerente de energia, indústrias marítimas e mineração do governo britânico no Brasil, Renato Cordeiro, é necessário criar um grupo de trabalho para acelerar e implantar os parques no Brasil. “A eólica offshore é uma tendência mundial e alguns dos grandes investidores que olham para esse segmento são empresas do setor de petróleo pensando na transição energética”, disse o executivo durante o Brazil Windpower 2023, nesta terça-feira, 12 de setembro, em São Paulo.

Cordeiro ainda destacou que um dos principais mecanismos que o Reino Unido utilizou para acelerar a eólica offshore na região foi ouvir a indústria e toda política pública que é feita leva em consideração o retorno ao investidor. “O governo britânico começou a implementar as eólicas offshore há 20 anos e houve um amadurecimento. Hoje a capacidade eólica atingiu 14GW e a meta é ambiciosa para 2030 ao tentar atingir os 50GW em linha com o NET ZERO, uma meta muito desafiadora, mas medidas estão sendo tomadas e devemos chegar aos 125GW em 2050”, afirmou.

Já o assessor sênior da agência de fomento comercial do governo norueguês, Bruno Leinio, destacou que vê uma grande oportunidade no Brasil. “O Brasil tem uma indústria de óleo e gás já instalada e sai de um patamar mais alto do que outros países, pois as empresas que dominam esse setor saem na frente e normalmente migram para a offshore”, disse. Segundo o executivo, o setor de óleo e gás abre muitas oportunidades para a eólica offshore para uma emissão de baixo carbono.

Do lado do consulado da Holanda, Renata Ferreira, destacou que a eólica offshore tem urgência para a neutralidade climática para 2050. A executiva afirmou que um dos fatores de sucesso na Holanda foi a colaboração do governo e um cenário de investimentos estável com um cronograma claro. “Houve investimentos em pesquisas e inovações. Isso possibilitou esse salto e temos metas ambiciosas, com renováveis na matriz elétrica em torno de 75% para 2050. E a ideia é aumentar a nossa cooperação”, disse. Ainda revelou que eles estão num momento de cooperar com outros países para conseguir alcançar as metas e participar ativamente da indústria no Brasil.

Hidrogênio

Com relação ao hidrogênio verde, Renata destacou que o Brasil é um mercado estratégico para esse segmento e a Holanda tem planos de se tornar um hub de hidrogênio na Europa e distribuir para os países vizinhos.

Já a presidente do business network for offshore wind, Liz Burdock, afirmou que o mundo precisa de hidrogênio. “Precisamos e entendemos muito bem isso nos Estados Unidos. Até uma lei foi aprovada para a redução de inflação e ela oferece créditos de impostos para quem desenvolve o hidrogênio verde. E não só aos produtores e sim para vários segmentos como a cadeia de suprimentos e usuários finais”, explicou.