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O tripé fundamental da transição energética se baseia em tecnologia, investimentos e políticas públicas. A head of country transition research da BloombergNEF, Sofia Maia, destacou que para fazer a transição energética de acordo com o NET Zero e alcançar uma economia de baixo carbono há uma oportunidade de investimentos na ordem de US$ 196 trilhões até 2050. “A maior parte da oferta será para os investimentos para energia de baixo carbono aliado aos realizados em infraestrutura e redes”, disse.

Ela ainda destacou durante o primeiro dia do Brazil Windpower 2023, que quase 50% desses investimentos será direcionado para a venda de veículos elétricos. “Mas os investimentos devem triplicar até o final da década de 2020 para entrar nos trilhos. A partir de 2023 é necessário cerca de US$ 4,5 trilhões por ano até 2030 e em seguida aumentar cada vez mais. E tudo isso de acordo com o NET Zero”, afirmou Sofia.

De acordo com a executiva da BloombergNEF, um estudo mostra que em 2022, o investimento global em transição energética pareou com os investimentos em combustíveis fósseis, mas a proporção precisa ser de US$ 5 para US$ 1 até 2050. “Políticas públicas precisam ter uma nova estrutura com estratégias net zero”, disse.

Ela ainda destacou alguns desafios climáticos e soluções como: acelerar a implementação de soluções climáticas maduras, apoiar o desenvolvimento de novas tecnologias, gerenciar a transição ou a eliminação de atividades intensivas em carbono e criar estruturas apropriadas de governança para a transição climática.

A especialista em novas tecnologias da ABEEólica, Fernanda Guedes, ressaltou que com relação as políticas públicas e as novas tecnologias ainda há muito a que se discutir. “As políticas públicas são muito importantes no cenário mundial nessa corrida que estamos vivendo. Investimentos em energias renováveis e financiamentos também são importantes. Um exemplo é que o Banco Mundial mostrou essa importância e que pode destravar as eólicas offshore no Brasil. E com esse cenário, naturalmente os custos vão reduzindo”, disse.

Ela ainda destacou que os incentivos tributários para o hidrogênio verde são necessários para destravar a indústria. “Temos US$ 30 bilhões para destravar esses projetos, porém a ausência de políticas pode impactar de forma negativa”, finalizou.