Olá, esse é um conteúdo exclusivo destinado aos nossos assinantes
Cadastre-se GRATUITAMENTE ou faça seu LOGIN e tenha acesso:
Até 5 conteúdos
fechados por mês
Ficar por dentro dos cursos e
eventos do CanalEnergia
Receber nossas newsletters e
mantenha-se informado
sobre o setor de energia.
Notícias abertas CanalEnergia
ou
Já sou cadastrado,

Um mapeamento sobre os potenciais para o desenvolvimento da cadeia e mercado do hidrogênio verde na Bahia será lançado pelo governo do estado no próximo mês, informou o governador Jerônimo Rodrigues em entrevista à Agência CanalEnergia durante o Brazil Windpower, que acontece até quinta-feira, 14 de setembro, em São Paulo. O Atlas está sendo desenvolvido numa parceria com Senai Cimatec e também abordará a descarbonização da matriz energética.

“Temos também dois mapas eólico e solar em fase final de revisão do texto e com a ideia de incorporar os ensinamentos e potenciais dessas tecnologias junto a biomassa e outros recursos para produção do hidrogênio”, aponta o governador, destacando que uma comissão do Senado que está preparando uma lei no Congresso para regulamentar a produção, uso, distribuição e financiamento do H2.

Ele lembra que o potencial eólico do estado em 2013 somava 195 GW, volume que subiu na última atualização para 366 GW, enquanto a solar consta com 2 TW em projeção, com todos os cálculos devendo ser atualizados na próxima versão. “Queremos apoiar e estimular com incentivos a compra e venda de energia, aquisição dos parques eólicos, e uma lei para a reforma tributária”, define Rodrigues, ressaltando que o Consórcio Nordeste busca garantir que a disputa não seja entre os estados, mas em criar um ambiente nacional de confiança dos investidores.

O governante também ressaltou a qualidade do estado quanto aos ventos constantes, estáveis e noturnos, com complementaridades junto a fonte fotovoltaica, em fatores de capacidade superiores a 56% e tendo diversos parques com fator médio anual acima de 80%. “Isso nos leva a acreditar na capacidade de uma geração estável e constante, inclusive com as empresas montando banco de baterias e investidores apostando em projetos híbridos”, aponta.

Infraestrutura e domínio tecnológico

Outro cálculo pertinente que está sendo delineado é em relação as contas para os investimentos em infraestrutura para interiorização do desenvolvimento. Rodovias, contornos, ferrovias, linhas de transmissão, conectividade e até acesso a água potável serão algumas das ações a serem incorporadas. “Vamos precisar de água para o hidrogênio e estamos debatendo possibilidades de dessalinização, ainda muito onerosa financeiramente, além de outras alternativas”, comenta.

Rodrigues celebrou a planta para o vetor em Camaçari e que o estado tem atualmente dificuldade com o custo do gás natural, além de um desafio maior que é garantir a inserção das universidades, da Fundação de Amparo à Pesquisa e o Ministério de Ciência e Tecnologia, visando garantir o domínio tecnológico na capacidade de desenvolver os insumos e equipamentos para base dessa indústria. “Não podemos ficar assistindo outros países com patentes e nós sendo apenas exportadores de ventos ou commodities”, pondera, afirmando ser preciso estimular o financiamento em pesquisa e inovação para mudar esse quadro, controlando as patentes dos parques.

Sobre esse adensamento da tecnologia no país, que tem 80% dos componentes eólicos nacionalizados, ele lembra que algumas fábricas de torres estão sendo fechadas por aqui, visto por vezes ser mais vantajoso trazer as peças e equipamentos do mercado internacional.

Por fim, o governador salientou que a chinesa BYD deve se instalar definitivamente com uma fábrica no estado no mês de outubro, o que poderá levar a Bahia a não exportar tanto seus minérios e utilizá-los para fabricação de baterias destinadas aos veículos elétricos, o que poderia baixar o custo da tecnologia.