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O Rio Grande do Sul chegou a 13 memorandos de entendimento para análises que apontem os melhores caminhos para exploração da cadeia e mercado do hidrogênio renovável, tornando-se um dos líderes nesse tipo contrato preliminar entre os estados da federação. Os últimos três acordos aconteceram durante a feira de agronegócio Expointer, com as empresas CPFL Energia, CMPC e Equinor. Outros foram assinados com empresas como a Neoenergia, Enerfin, Ocean Winds, White Martins, Green EN.IT e Ventos do Atlântico Energia Eólica. Na ocasião o governo lançou seu plano para o vetor energético, respaldado por um estudo realizado pela McKinsey, o qual apresenta 10 municípios competitivos a preços indo de US$ 2 a US$ 2,50 o KG da molécula.

Segundo o secretário adjunto do Meio Ambiente e Infraestrutura do RS, Marcelo Camardelli Rosa, o levantamento identificou as principais rotas de consumo para o vetor, com destaque para a amônia verde e o metanol como principais demandantes internos, além do polo petroquímico e setor de transportes. Inclusive um memorando foi assinado com o município de Rio Grande, visando uma nova frota de ônibus a partir do H2 verde.

“Já temos muitas empresas firmando suas intenções e agora temos as diretrizes voltadas a governança, reunindo diversos atores do estado em suas respectivas expertises”, comentou Camardelli Rosa durante o Brazil Windpower. A previsão é de que os investimentos nesse mercado gerem uma alta de R$ 62 bilhões ao PIB gaúcho e cerca de 41 mil empregos diretos e indiretos.

Para a concretização dos objetivos propostos, o governo utilizará instrumentos e mecanismos variados. Entre eles, linhas de crédito especial, tratamento preferencial no licenciamento ambiental, incentivos aos empreendimentos, por meio do Fundo Operação Empresa do Estado do Rio Grande do Sul (Fundopem/RS) e de outros programas, e apoio na formação de mão-de-obra qualificada para atuar nos empreendimentos relacionados ao segmento.

Nearshore e Offshore

Em outra frente, o estado também segue imbuído com seu plano de instalar aerogeradores em lagoas como a dos Patos para o atendimento a demanda do hidrogênio. A modalidade, conhecida como nearshore, tem um potencial de quase 40 GW na região e um licenciamento menos complexo do que o ambiente marinho, que conta com regiões que pertencem à União e que dependem de uma regulamentação robusta, enquanto ainda pairam dúvidas se nas lagoas esse processo poderia ser feito pela autarquia estadual e não pelo Ibama, que também está com seu quadro técnico inflado de projetos offshore para análise e tramitação.

“Em relação a prazos de qual virá antes e depois é difícil de se prever. Na offshore tem a necessidade da regulação e aguardamos com 22 projetos protocolados junto ao Ibama, enquanto na nearshore temos de lidar mais com componentes sociais do que ambientais em comparação ao offshore”, destaca, afirmando que o governo gaúcho está evoluindo na construção de novos caminhos baseados em novos estudos e numa consulta pública realizada no ano passado. Entre os principais pontos estão as comunidades tradicionais, pescadores, rotas de navegação e outros órgãos intervenientes, no intuito de minimizar conflitos e definir os melhores locais para instalação das turbinas. “No que tange o licenciamento ambiental estamos muito preparados, sobretudo pela experiência adquirida no ambiente onshore”, complementa.

Atualmente o RS conta com 1,8 GW eólicos, ficando quinto lugar no ranking de capacidade instalada. No pipeline estão 61 projetos e 15,5 GW, com o porto de Rio Grande buscando sua consolidação como principal hub na região. Para escoar a energia, o secretário destaca que o sistema de transmissão totaliza mais de 3 mil km de linhas e possui capacidade habilitada para essas ligações futuras. Já o potencial eólico onshore soma 348 GW, offshore 80 GW, enquanto biomassa e biogás aparecem com 2,5 milhões de m3 por dia, biometano 1,5 milhão de m3 por dia, e a solar com produtividade de 3 kV/h por kV instalado.

(Nota da Redação: matéria alterada às 15:32 horas do dia 15 de setembro de 2023 para adequação do título. O Rio Grande do Sul é um dos líderes em memorandos, não o líder conforme dito durante o BWP, atualmente o Ceará tem mais acordos assinados)