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A implantação de parques eólicos offshore requer uma importante análise dos impactos que vão causar ao seu redor e para minimizar os prejuízos que possam surgir. Para a head of predevelopment offshore wind americas da TotalEnergies, Lauren Spence, a implantação dos empreendimentos podem trazer diversos benefícios para as comunidades locais, pescadores e impulsionar a economia local. “Acredito que o governo pode atuar de algumas maneiras para garantir que as comunidades não se sintam abandonadas conforme se desenvolve a offshore”, disse durante o último dia do Brazil Windpower 2023.
Ela ainda destacou que o momento é oportuno para esse segmento e o Brasil pode apoiar os impactos sociais positivos que a eólica offshore vai trazer com o governo incentivando processos mais amplos de licitação para permitir que as áreas sejam desenvolvidas e assim trazer empregos sustentáveis e não só temporários.
A executiva americana ainda explicou como o próprio desenvolvedor pode fazer para melhorar os impactos positivo sociais. Segundo ela, a aceitação da sociedade começa com segurança, onde as pessoas tem que conhecer e se sentir seguras diante daquilo. “A próxima etapa é escutar e adaptar. Cada comunidade é única e o que funciona em uma, não quer dizer que vai funcionar na outra. Tudo é unido e singular”.
Outro ponto de destaque é que a implantação de empreendimentos eólicos pode trazer diversos benefícios para as comunidades locais, impulsionando a economia regional e estabelecendo diálogo com as comunidades afetadas. Lauren apontou que os empreendedores tem que tentar ser um membro ativo da comunidade e é necessário contratar pessoas ao entorno para ajudar a entender como de fato estão afetando aquela região.
Já para a head of environment & social da Tractebel, Cristiane Vieira, o tempo que ainda temos para a implantação das eólicas offshore no Brasil é muito bom, pois é uma oportunidade de pensar para ter o que responder e saber dizer a comunidade de pescadores o que se está prevendo de impactos e medidas. “Não tivemos esse tempo no passado com as hidrelétricas e agora é o momento de ouvir a comunidade e pensar para que na hora que a offshore chegar não cause surpresa para nenhuma das partes”, destacou.
Por outro lado, Rafael Valverde, da Eolus, apontou a importância do planejamento, preparação, e a questão de transportar valor para a comunidade. “Precisamos ter uma estratégia de engajamento com a comunidade e a proximidade é fundamental”, disse.