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Empresas que somam mais de U$ 12 trilhões em valor de mercado e que já implantaram energia renovável em todo o mundo publicaram uma carta aberta aos líderes mundiais apelando a uma meta de triplicar a capacidade de energia renovável para 11.000 GW até 2030 a ser acertado na COP 28 ainda este ano.

A carta aberta, iniciada pela Aliança Global para as Energias Renováveis, destaca que uma mudança radical nesta década no crescimento das energias renováveis, combinada com um aumento na eficiência energética, será a forma mais rápida e mais econômica de descarbonizar a economia global. “É um dos compromissos de maior impacto que a comunidade global pode assumir agora para garantir um futuro habitável para todos”, diz o documento. Os principais iniciadores, apoiadores e signatários da carta incluem os membros da Global Renewables Alliance, além da Irena, a Presidência da COP 28, REN21, RMI e empresas como Adani, AES, Amazon, Apple, CIP, Cepsa, Corio, DNV, ERM, EY, GCL, Google, Huawei, Microsoft, Ørsted, PepsiCo, ReNew, SSE, TES, Unilever e Vestas.

Os signatários da carta estão unidos pelo impacto transformador da triplicação da capacidade de energia renovável em todo o mundo até 2030, e pelo momento crítico apresentado pela COP 28 para os líderes mundiais transformarem as ambições em ações genuínas para manter um caminho de 1,5°C.

O World Energy Transitions Outlook 2023 da Agência Internacional de Energia Renovável pede uma correção de rumo e triplicar a capacidade global total de energia renovável até 2030 para pelo menos 11.000 GW e duplicar as taxas de melhoria da eficiência energética. Seriam necessários cerca de US$ 4 trilhões de investimento anual em tecnologias de transição para alcançar a rápida implantação da energia eólica, solar, hidrelétrica, geotérmica e outras formas de energia renovável, que lançarão as bases para tecnologias como o hidrogênio verde e o armazenamento de energia de longa duração para expandir para além de 2030.

De acordo com Francesco La Camera, diretor-geral da Irena, a associação apoia o apelo por uma meta renovável global na COP 28. Segundo ele, o argumento comercial das energias renováveis nunca foi tão forte. Para La Camera, é preciso ultrapassar urgentemente as barreiras sistêmicas em termos de infraestruturas, políticas e capacidades institucionais nos próximos anos e construir um novo sistema energético que funcione com energias renováveis.

Para Bruce Douglas, CEO da Global Renewables Alliance, é imperativo que se implemente hoje as soluções da indústria renovável em grande escala para tornar a neutralidade carbônica até 2050 uma realidade e ajudar a proporcionar uma transição energética limpa, segura e justa.