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Dados da última edição do Boletim da Energia Livre, publicado pela Associação Brasileira de Comercialização de Energia, mostram que o mercado livre de energia em julho voltou a registrar números expressivos de expansão no período acumulado de 12 meses, crescendo 20% em relação ao período anterior. O ambiente de contratação livre atraiu 5.883 novas unidades consumidoras, maior taxa em dois anos. No total, o Brasil registra agora 35.142 unidades consumidoras livres, agrupadas em 12.005 empresas, responsáveis por um consumo de 25.852 MW med, 39% do consumo nacional.
Os dados fazem parte da mais recente edição do Boletim da Energia Livre, publicação da Abraceel que mostra o panorama mensal do mercado livre de energia no Brasil atualizado com base nos indicadores mais recentes divulgados por diversas instituições e consultorias.
O mercado livre de energia segue como indutor das fontes renováveis, absorvendo 67% da energia gerada por usinas a biomassa, 59% por PCH, 49% por eólicas e 58% por usinas solares centralizadas. Com isso, o mercado livre de energia absorveu 55% da geração de energia consolidada de fontes renováveis incentivadas (eólica, solar, PCH e biomassa), aumento de 21% nos últimos 12 meses.
O boletim da Abraceel diz ainda que a quantidade de comercializadores chega a 512, empresas responsáveis pela negociação de 44% de toda a energia elétrica nacional. Nos estados do Pará, com 55% e Minas Gerai, com 54%, mais da metade da eletricidade demandada mensalmente pelos consumidores já é proveniente do mercado livre de energia. No Paraná, o percentual está em 45%. Em julho, 12,5% do volume de energia negociado está empacotado em contratos com prazo superior a 10 anos de duração.