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O setor elétrico deverá conviver com preços baixos nos próximos anos devido à conjuntura do setor elétrico atualmente. Essa é a principal consequência que o mercado vê para pelo menos os próximos cinco anos. Os valores do PLD médio deverão ficar em patamares abaixo de R$ 100 por MWh até depois de 2030, de acordo com dados apresentados pela Thymos Energia.

Segundo o CEO da consultoria, João Carlos Mello, o preço do mercado spot começa baixo no horizonte de 10 anos por conta do excesso de oferta de energia resultado da entrada maciça de fontes renováveis, baixo crescimento de carga e reservatórios cheios. Contudo, lembra que essa é a fotografia do momento. Claro que se parar de chover os preços mudam.

Outros fatores que ajudam a mudar esse cenário pode ser o aumento da demanda que pode ser vista com a eletrificação de atividades da economia como na eletromobilidade e na ampliação do mercado de hidrogênio verde. Mas é fato que há sobreoferta nos dias de hoje.

Contudo diz que essa expansão das renováveis é esperada até 2027 com os investimentos que são feitos por causa do desconto-fio. Além disso, lembra da contratação das térmicas da lei 14.182 que permitiu a privatização da Eletrobras, que é considerado um fato que contribui para manter o PLD reduzido.

Uma pesquisa feita pela Thymos junto ao mercado mostra que os valores de preços de energia convencional está em uma faixa ampla para o período de 2024 a 2028. Vai de um mínimo de R$ 72 por MWh a até R$ 110/MWh. Na média esses valores são mais elevados para o ano que vem estão em R$ 194 por MWh, mas vai recuando ao longo dos anos até R$ 146 por MWh em 2028. Já a incentivada está em um patamar mais elevado, indo de R$ 100 por MWh a até uma média de R$ 234 por MWh no ano que vem.

Em sua apresentação durante o VII Forum Cogen, realizado em São Paulo, nesta quarta-feira, 20 de setembro, Mello destacou que com essa situação a autoprodução ganha importância pois atrai novos investidores que visam a economia já que apresentam custo reduzido por conta de encargos. Para ele, pode ser que a CDE acabe uma hora já que o governo pode a qualquer hora apresentar uma proposta que finalize o desconto. Para ele, em 2024, a modalidade deve seguir no formato atual, mas a questão fica para o futuro.

Outra questão que é tendência de mercado é a abertura de janeiro. Esse marco está a poucos dias de se tornar realidade e o ponto que fica é quando essa modalidade chegará à baixa tensão. Estimativas da consultoria apontam que 80% do consumo poderá ser suprido pelo ACL caso haja a abertura total. E a preocupação que fica é dos legados que deverão permanecer até 2050.

Para terminar, outras tendências do setor são o aumento da expansão da transmissão que vai crescer cada vez mais para permitir o escoamento da energia do Nordeste para o centro de carga no Sudeste. Ainda mais depois da chamada corrida do ouro, quando investidores apresentaram pedidos de outorga para garantir o desconto da tarifa fio. São 235 GW registrados na Aneel, divididos entre 40 GW em eólicas e o restante de solar. Ele avalia que nem tudo sairá do papel até porque não há mercado para todo esse volume, mas isso sinaliza que o futuro é renovável.

E a questão da renovação das concessões de distribuição, já que a infraestrutura é vital para o futuro do setor. Ele avalia a proposta que foi ao TCU como equilibrada ante o que era esperado e vinha sendo divulgado.