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O mercado de armazenamento de energia de grande porte encontra-se em expansão em países como Estados Unidos e em algumas regiões da América Latina. Esse movimento deve-se ao impulso dado pelas políticas globais de descarbonização e pela necessidade de maior estabilização das fontes renováveis intermitentes. A A&M Infra, área da Alvarez & Marsal que coordena projetos de infraestrutura, aponta para um crescimento de mais de 30% ao ano da capacidade global acumulada em dispositivos estacionários, com investimentos que somam cerca de US$ 106 bilhões, até 2030, em todo o mundo.

O estudo considera que haverá a materialização da tendência de redução da participação das UHEs para 45% até 2031 e que é apontado no PDE. Ao mesmo tempo, a elevação das fontes eólica e solar. Na análise de Rafael Rodrigues, sócio-diretor da empresa e coordenador do estudo, esse aumento das capacidade de geração variável poderá resultar na maior necessidade de armazenamento estacionário de energia. A projeção da A&M é de crescimento de mais de 84% ao ano até 2030, com investimentos esperados próximos de R$ 20 bilhões via BESS que é atualmente a solução adotada em mais de 95% dos projetos de larga escala, dado seu rápido tempo de resposta e grande capacidade energética.

De acordo com a empresa, os avanços da tecnologia os custos de implantação do BESS vêm caindo e acumulam 43% de redução desde 2017. Em 2022, a alta das commodities gerou pela primeira vez aumento nos custos. Ainda assim, é esperada a retomada nas reduções ainda no curto prazo, contribuindo para a viabilidade econômico dos projetos de armazenamento, sejam eles associados a projetos de geração ou ao grid de transmissão.

O executivo ainda acrescenta que o armazenamento atua na estabilização da produção, contornando os impactos da intermitência destas fontes, evita perdas de potência e reduz a ineficiência do grid de transmissão. Reduz ainda o custo da operação ao capturar o excesso de energia gerada durante períodos de baixa demanda e possibilidade de despacho quando a demanda é alta.

Os projetos de armazenamento no Brasil foram impulsionados em 2016 quando a ANEEL, através de P&D estratégico, forneceu as condições iniciais de desenvolvimento de base tecnológica e infraestrutura de produção nacional para inserção do BESS no setor elétrico brasileiro. Os projetos em operação seguem apoiando no desenho da regulamentação e ampliando entendimento da solução. Já são 20 projetos em estágio inicial de avaliação, tendo capacidade instalada total de 83,2 MWh.