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Os programas de Conservação da Flora e Recomposição de Cobertura Vegetal, executados pela Norte Energia, concessionária da Usina Hidrelétrica Belo Monte, estão dando frutos. Até o momento, foram replantadas 1,3 milhão de mudas nativas e a meta da empresa é recuperar 7,6 mil hectares até 2045. Se atingida, a meta corresponderá a 4,5 milhões de mudas de espécies nativas plantadas na região amazônica.

Coletando semente nativa em florestas de Altamira, no Pará, o indígena juruna Geilton Rodrigues Barros ajudou a plantar centenas de árvores da região e restaurar 2,2 mil hectares de floresta amazônica, o que equivale a 3.081 campos de futebol iguais ao do Maracanã. Para se ter uma ideia, com o plantio de apenas uma árvore, a mitigação da emissão de CO2 na atmosfera é de 5 a 10 kg por ano.

Através dos programas da usina, foram plantadas mudas de 155 espécies da região, algumas ameaçadas, como o acapu, mogno, castanheira e pau-cravo, além de ipês e árvores frutíferas do Médio Xingu. Em média, uma árvore de rápido crescimento leva oito anos para se tornar adulta, sendo de 20 a 25 anos o tempo para a formação inicial de uma floresta.

Segundo a empresa, para conseguir replantar 4,5 milhões de mudas até 2045, a companhia colocou em prática um processo bastante eficiente. Os frutos são colhidos de árvores nativas de alta qualidade genética e são processados para extração das sementes. Nessa etapa, as sementes passam por tratamentos de limpeza e armazenamento adequados para preservar sua viabilidade. No viveiro são semeadas em substrato apropriado e mantidas em condições controladas de luz e umidade para promover a germinação e o crescimento inicial de cada muda. À medida que se desenvolvem, são aclimatadas às condições externas antes de serem levadas para o campo, quando são, finalmente, plantadas, utilizando técnicas específicas para as condições das áreas a serem recompostas.