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A Aneel adiou a abertura de consulta pública com a proposta que autoriza o Operador Nacional do Sistema Elétrico a testar, em ambiente regulatório experimental (sandbox), um produto alternativo para prestação do serviço ancilar de suporte de reativos para controle de tensão. O processo acabou sendo retirado da pauta da reunião desta terça-feira, 26 de setembro, porque surgiram dúvidas entre os diretores em relação à inclusão de reforços no plano de outorgas de transmissão (Potee) 2023, que resolveriam o problema de tensão de forma estrutural, nas instalações escolhidas para a realização dos testes.

A proposta do ONS prevê a realização dos experimentos em oito subestações de seis empreendimentos localizados em Minas Gerais, com prazo de seis meses para estruturação e de 18 meses para execução. O estado foi escolhido em razão do forte crescimento da fonte solar. Minas é uma dos estados que enfrenta problemas de desligamento de circuitos de transmissão, utilizado com último recurso do operador para manter o perfil de tensão dentro das faixas estabelecidas.

O Potee 2023 foi aprovado pelo Ministério de Minas e Energia logo depois de emitida a nota técnica da Aneel. Ele inclui obras em todas as subestações listadas para o sandbox, o que não chega a ser um problema, na visão da área técnica da Aneel, pela própria natureza do planejamento.

Alguns diretores, no entanto, alertaram para o risco de que autorizações para empreendimentos tidos como prioritários deixem de ser dadas, afetando atendimento ao sistema. Após uma longa discussão, o processo foi retirado de pauta pela diretora Agnes da Costa, para uma nova consulta ao ministério.

Entre as instalações com obras no plano de outorgas estão a SE Itabira 5 500 kV – da Transmissora Mantiqueira, e a SE São Gotardo, da Cemig. Em ambos os casos, está prevista a instalação de banco de reatores de barra monofásicos. O Potee indica a necessidade imediata desses reforços, mas aponta que a autorização depende das conclusões do sandbox de serviços ancilares para fornecimento de reativos da Aneel.

Diversos fatores, segundo a Aneel, tem levado ao esgotamento dos recursos disponíveis para controle do perfil de tensão no sistema de transmissão. Entre eles, a existência de poucas unidades geradoras sincronizadas no Sistema Interligado e a variabilidade no carregamento no sistema, inserida pelas fontes intermitentes e a micro e minigeração distribuída.