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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse durante a assinatura dos contratos de concessão de transmissão leiloados em 30 de junho  que o Brasil vai ultrapassar os Estados Unidos na questão energética, como já aconteceu em relação à produção de milho, soja e algodão. “Eu sei que os Estados Unidos estão oferecendo subsídios aos montes para a questão da transição energética. Inclusive, tentando convencer empresas brasileiras a ir para lá”, destacou, acrescentando que, mesmo assim, os EUA não tem como competir com a diversidade do país em termos de recursos naturais.

Lula citou a capacidade de produção de energia éolica, solar, hídrica e de biomassa, de hidrogênio verde, de biodiesel e de etanol, e completou que é “praticamente impossível” o país “ser batido por alguém” nesse quesito. Lembrou também que os estados pobres das regiões Nordeste e Norte podem ganhar com a transição energética, e é por isso que o Programa de Aceleração de Investimentos incluiu leilões de transmissão que trarão investimentos de R$ 60 bilhões. Além do certame já realizado, há um segundo leilão previsto para dezembro desse ano, e um terceiro no ano que vem.

O governo, disse o presidente, quer fazer o casamento entre a produção de energia renovável e a transmissão. Ele repetiu que o Brasil pode significar para o mundo na questão da transição energética e da energia verde o que a Arábia Saudita representou para o combustível fóssil no século XX.

Horário de verão

Após a cerimônia realizada no Palácio do Planalto na quarta-feira, 27 de setembro, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse em conversa com jornalistas que o horário de verão só será adotado esse ano  pelo governo se tiver “sinais e evidências” da necessidade de segurança de suprimento do setor elétrico. Sinais que, por enquanto, não existem, pois os reservatórios das hidrelétricas estão no melhor momento dos últimos dez anos.

Silveira disse que existe uma situação de falta de chuvas na Norte do país, especialmente no estado do Amazonas, que causa impactos sociais gravíssimos, mas está sendo tratada pelos ministérios envolvidos. Com relação ao setor elétrico, o MME está avaliando, em algumas regiões específicas onde há hidrelétricas com reservatórios, se é melhor acionar esses empreendimentos ou as usinas térmicas, porque é preciso equilibrar segurança de suprimento com modicidade tarifária.