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O consumo nacional de energia elétrica foi de 43.405 GWh em agosto de 2023, uma alta de 2,9% em comparação com mesmo mês de 2022, sendo o décimo mês consecutivo de crescimento. Os dados são da última edição da resenha da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). No acumulado em 12 meses, o consumo nacional registrou 518.028 GWh, alta de 2,0% em comparação ao período imediatamente anterior.

Segundo a EPE, o consumo das residências (+7,4%) novamente puxou a alta no mês, seguida pela classe comercial (+5,0%), a indústria (+0,7%). As temperaturas mais elevadas e a melhora da confiança do consumidor podem ter impulsionado o consumo de eletricidade no mês.

Com 16.119 GWh, a classe industrial reverteu a queda no mês anterior. Entre as regiões, o nordeste (+6,3%) puxou o consumo da classe, seguido pelo centro-oeste (+1,4%). Já o sul (-0,7%), o norte (-0,4%) e o sudeste (-0,2%) consumiram menos.

Mesmo com o consumo industrial de eletricidade expandindo neste mês, 24 dos 37 setores monitorados pela EPE retraíram. Este comportamento também foi observado entre os dez setores mais eletrointensivos da indústria, onde apenas três expandiram o consumo: metalurgia (+166 GWh; +4,2%), impulsionada pela cadeia do alumínio primário no Maranhão.

Contudo, a queda na produção siderúrgica nacional atenuou a alta do consumo de eletricidade na metalurgia; fabricação de produtos alimentícios (+93 GWh; +4,5%), com contribuição da elevação nas exportações de açúcares e melaços e de farelos de soja e outros alimentos para animais; e extração de minerais metálicos (+89 GWh; +8,1%), puxada pela aceleração na produção mineral do país e com contribuição da elevação nas exportações de minério de ferro e níquel.

Por outro lado, as maiores retrações foram observadas em: fabricação de produtos químicos (-128 GWh; -7,6%), principalmente devido à redução no consumo em duas grandes unidades consumidoras no Nordeste; fabricação de produtos de minerais não-metálicos (-31 GWh; -2,5%) e de produtos têxteis (-28 GWh; -5,0%), onde o consumo relete a produção e o mercado consumidor de seus produtos.

Já o consumo de energia elétrica das residências foi de 12.974 GWh em agosto, avanço de 7,4% em comparação ao mesmo mês do ano anterior. A taxa foi maior do que a do mês anterior (+4,7%) e igual a registrada em junho desse ano. Todas as regiões registraram variação positiva no consumo no mês: norte (+12,7%), nordeste (+9,3%), centro-oeste (+7,5%), sudeste (+6,2%) e sul (+5,9%).

A classe comercial registrou 7.676 GWh e o bom desempenho do setor de comércio e serviços, associado com temperaturas mais elevadas e clima mais seco favoreceram o crescimento do consumo da classe comercial em agosto. De acordo com os últimos dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS/IBGE), o setor de serviços aumentou 3,5% em julho na comparação com o mesmo mês de 2022. O norte (+7,0%) continua apresentando a maior taxa de consumo da classe entre as regiões desde maio desse ano, seguido pelo sudeste (+6,0%), sul (+4,7%), nordeste (+2,9%) e centro-oeste (+1,4%).

Ambiente de contratação

Quanto ao ambiente de contratação, o mercado livre apresentou crescimento de 4,6% no consumo do mês, na comparação com o mesmo mês de 2022. O número de consumidores livres no país expandiu 23% no mesmo período, com o nordeste (+31%) apresentando a maior taxa. Além da migração de consumidores do mercado cativo, também contribuíram para o resultado no mercado livre a expansão no consumo da indústria, em especial dos mais eletrointensivos, e a expansão do consumo na parcela livre da classe comercial.

Já o consumo cativo das distribuidoras, apesar da migração já citada, cresceu 1,8% no período e o número de unidades consumidoras expandiu-se em 2,2%, com a maior expansão de consumidores sendo observado também no nordeste (+3,5%). Além da expansão do número unidades consumidoras, também contribuiu para o resultado do mercado cativo a expansão no consumo nas residências e na parcela cativa da classe comercial.