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A alta demanda causada pelo calor, a parada da usina nuclear de Angra II e a restrição na exportações de energia entre os subsistemas  motivaram a elevação no preço de liquidação das diferenças. De acordo com o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico, Luiz Carlos Ciocchi, que esteve presente na posse do novo presidente da Empresa  de Pesquisa Energética, Thiago Prado, nesta sexta-feira, 29 de setembro, no Rio de Janeiro (RJ),  essa demanda dos últimos dias por conta da alta nas temperaturas pediu o despacho de térmicas. Apesar de não ter ocorrido em grande volume, a variação não ocorria há muito tempo, o que acabou causando surpresa.

O diretor do ONS ressaltou que a redução da vinda de energia da região Nordeste teve um impacto no retrato. Porém ele ressaltou que os limites de exportação entre os subsistema Nordeste para o Sudeste foram elevados de 8 mil MW para 10,8 mil MW, o que trará algum tipo de alivio.

“Não é que essa energia venha para atender o pico, mas ela vem para a base e o pico obviamente fica menor, tem menos necessidade de despacho de térmicas”, explica Ciocchi. Os limites anteriores deverão voltar gradualmente, antes do apagão de 15 de agosto eram da ordem 12 mil MW a 15 mil MW.

Durante a reunião do Programa Mensal da Operação na última quinta-feira, 28 de setembro, houve número expressivo de pergunta de agentes sobre as decisões tomadas pelo ONS. Segundo Ciocchi, como o ambiente vinha sendo de estabilidade, a variação acabou causando surpresas positivas e negativas. Ele reforçou que as decisões do operador são baseadas em modelos públicos, o que possibilita a discussão.  “O que chamou a atenção é que a gente vinha em um zero absoluto há bastante tempo  e aí apareceu alguma coisa, mas esse é que deveria ser o normal”, pontua.

Ciocchi disse ainda que a entrada no período chuvoso será melhor que em anos anteriores. A seca que a região Norte passa já era esperada, mas como não há muitos reservatórios de acumulação no subsistema, o impacto é menor. O fenômeno El Niño traz uma incerteza grande, mas não a ponto de definir se a hidrologia será boa ou ruim. “Ainda não dá para dizer se teremos um verão seco ou úmido”, comenta.  Ele frisou que os reservatórios estão com bons volumes e as termelétricas podem atender  o sistema.