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O Operador Nacional do Sistema Elétrico ampliou os limites de exportação de energia do Nordeste para o Sudeste/Centro-Oeste e o Norte dos atuais 8 mil MW para 10,8 mil MW. Os parâmetros passaram a valer na noite da última quarta-feira, 27 de setembro. Após a ocorrência de 15 de agosto, os limites de exportação deste subsistema estavam reduzidos, dentro de uma política operativa conservadora que visou assegurar o equilíbrio do Sistema Interligado Nacional até que as causas para a perturbação fossem identificadas. A adoção desses parâmetros mais restritos era uma prerrogativa do Operador, prevista em Procedimentos de Rede.

Num primeiro momento, o fluxo de energia Nordeste-Sudeste/Centro-Oeste estava restrito a montantes iguais ou menores que 5 mil MW e agora podem ser iguais ou menores que 6 mil MW. No fluxo Nordeste-Norte, o patamar máximo era 3 mil MW e agora está em 4,8 mil MW. Os novos limites ainda são inferiores aos praticados nos períodos anteriores à data do apagão do mês passado que segundo o diretor geral do ONS, Luiz Carlos Ciocchi estavam entre 12 mil MW a 15 mil MW.

A recomposição total desses limites está atrelada à conclusão das recomendações apontadas pelo ONS para aprimorar o desempenho das usinas, conforme descrito na minuta do Relatório de Análise da Perturbação.

De acordo com nota do ONS, a revisão dos limites de intercâmbio foi possível após análise utilizando uma nova base de dados provisória para estudos de estabilidade. O objetivo foi estabelecer uma referência alinhada ao desempenho observado das usinas durante a perturbação, uma vez que a causa raiz da intercorrência foi a inconsistência nos dados fornecidos pelos agentes e aqueles aferidos no momento da interrupção.