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Durante a cerimônia de posse do novo presidente da Empresa de Pesquisa Energética, Thiago Prado, a transição energética deu o tom. Presente ao evento, o ministro Alexandre Silveira sugeriu que assim como ele fez na estrutura do MME, Prado também inserisse o tema em uma diretoria, que subsidiaria as políticas elaboradas. Silveira frisou a importância do planejamento dentro desse movimento da transição, já que o país não pode perder a janela de oportunidades que serão apresentadas.
A EPE, que também está completando 19 anos, já foi presidida por Mauricio Tolmasquim (2004-2016), Luís Augusto Barroso (2016-2018), Reive Barros (2018), Thiago Barral (2018-2022) e Ângela Livino, que ocupava o cargo interinamente até a escolha de Prado.
No seu discurso, o novo líder da EPE, que é oriundo dos quadros da Agência Nacional de Energia Elétrica, sinalizou que o setor vive novos tempos, com consumidores empoderados, mobilidade elétrica e armazenamento de energia. Ele destacou a liderança do país nas energias renováveis e que não seria necessário ao Brasil tropicalizar estratégias de outros países para que alcance a transição.
“Precisamos criar o nosso próprio caminho, nosso próprio ‘oceano azul'”, comentou. De acordo com ele, o país pode administrar a sua abundância energética sem a necessidade de antecipar a chegada de novas tecnologias em detrimento da modicidade tarifária.
Outro momento de destaque no discurso de Prado foi quando ele revelou ver espaço para o desenvolvimento e concepção de uma nova categoria de usinas e para a agenda de integração eletroenergética da América Latina. Ele colocou a EPE à disposição para prestar todo o suporte que o MME necessitar para a integração regional e na prospecção, desenvolvimento e licenciamento sócio-ambiental de UHEs reversíveis para o mercado de capacidade.
“Buscaremos desenvolver a nossa bateria renovável, visto que o tema armazenamento é tão importante quando se discute o mercado de capacidade no país”. afirmou.
A necessidade de novos produtos e arranjos de mercado no parque termelétrico, que nos próximos 15 anos irá ser desativado em sequência também foi alvo em sua primeira manifestação como presidente empossado. Segundo Prado, os novos arranjos não podem prejudicar o consumidor e devem assegurar a segurança energética.
Prado sinalizou com parcerias junto às agências reguladoras para transformar estudos em realidade, novos negócios, regulação e contratos . “É importante estar lado a lado com as agências reguladoras”, observou. Os brasileiros dos sistemas isolados foram citados e tiveram a promessa de propostas para novas soluções de suprimento e que leve conforto e qualidade de vida.