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Um estudo da TR Soluções mostra que as vantagens da autoprodução de energia (APE) podem aumentar cerca de 30% no final desta década. As projeções indicam que, entre 2023 e 2028, a vantagem média da APE frente aos encargos cobrados do consumidor no ACL deve se manter ligeiramente acima de R$ 100/MWh.
O estudo comparou o comportamento dos encargos tarifários incidentes sobre a energia gerada por esses agentes com o dos verificados no caso dos consumidores do mercado livre.
De acordo com o diretor de regulação da TR Soluções, Helder Sousa, o benefício aumenta cerca de 30% a partir de 2029 devido ao início da operação de Angra 3 e ao incremento significativo de receita fixa relativa à energia de reserva em razão da entrada em operação das termelétricas previstas na lei de capitalização da Eletrobras. Ainda segundo o estudo, a possibilidade de ocorrência de períodos de hidrologia desfavorável também merece atenção.
A análise se limitou à TUSD encargos (CDE/Proinfa/CDE_Contas_TUSD/Créditos tributários de PIS/COFINS) e aos encargos cobrados dos consumidores livres no âmbito da liquidação da CCEE (ESS/EER/ERCAP). Todos eles não possuem diferenciação horária e são cobrados de forma volumétrica, em R$/MWh. Além disso, as tarifas apresentadas dizem respeito aos consumidores do subgrupo A4, utilizando uma média ponderada pelo mercado de um total de 30 distribuidoras que correspondem a 95% do mercado total nessa classe tarifária das 51 concessionárias brasileiras.