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A cogeração em operação comercial no Brasil atingiu 20,6 GW de potência instalada ao final de setembro. Os números constam de um levantamento da Associação da Indústria de Cogeração de Energia (Cogen) junto à Aneel. O montante representa 10,7% da matriz elétrica brasileira, a qual soma 195,8 GW. Entre os destaques, está a entrada de 26,45 MW de resíduos de madeira da usina FS Primavera localizada em Primavera do Leste (MT) que fez a capacidade desse segmento ultrapassar a marca de 1 GW.

Agora são 656 usinas, sendo 388 movidas a bagaço de cana-de-açúcar, somando 12,4 GW ou 60,3% do total. Em segundo lugar está o licor negro, com 21 centrais e perfazendo capacidade instalada de 3,4 GW ou 16,5%. Já a cogeração a gás natural é verificado em 93 empreendimentos com 3,2 GW ou 15,5%. A atividade derivada do cavaco de madeira chegou a 1 GW ou 4,9%, por meio de 74 unidades. O biogás aparece com 376 MW ou 1,8% partindo de 51 usinas, enquanto outras fontes totalizam 227 MW ou 1,1% oriundos de 29 ativos.

De acordo com a Cogen, a expectativa é de que esse potencial possa ser melhor reconhecido no planejamento energético brasileiro, visto que as biomassas exportaram, em média mensal, mais de 3,2 GWh para o Sistema Interligado Nacional entre maio e julho deste ano. Em nota a entidade explica que o potencial de crescimento é expressivo, sobretudo com as possibilidades de um novo uso da cana-de-açúcar e seus resíduos como a vinhaça da produção do etanol e da torta de filtro, além do advento da produção de biometano.

Análise regional e projeção para 2026

No ranking por unidades da federação de cogeração por biomassa, São Paulo lidera a lista com 7,4 GW instalados. Em seguida aparecem Minas Gerais (2,1 GW), Mato Grosso do Sul (1,9 GW), Goiás (1,5 GW), Rio de Janeiro e Paraná (cada um com 1,3 GW) e Bahia (1,1 GW instalados).

Entre os cinco setores industriais que mais utilizam essa forma de produção de energia estão o sucroenergético (12,4 GW), papel e celulose (3,4 GW), petroquímico (2,3 GW), madeireiro (861 MW) e alimentos e bebidas (648 MW).

A entidade lembra que o “Acompanhamento da Implantação das Centrais Geradoras de Energia Elétrica”, elaborado pela Aneel, conta com uma previsão para liberação de operação comercial, atualizada 16 de setembro, a qual apresenta uma adição na capacidade instalada de 1,8 GW até 2026, com média anual de 454 MW por ano. Os acréscimos previstos são de 452 MW (2023), 789 MW (2024), 232 (2025) e 343 MW (2026), totalizando exatamente 1.816 MW.