Brasil estreita relação com a França pensando na energia nuclear

O Ministério de Minas e Energia está estruturando uma agenda permanente de esforços conjuntos com a França, sob contexto da transição energética. Na última quinta-feira, 12 de outubro, o ministro Alexandre Silveira se reuniu em Paris com a ministra de Transição Energética da República Francesa, Agnès Pannier-Runacher. Na ocasião foi definido um rol de trabalho contemplando diversas áreas, com destaque para a energia nuclear.

Também foram tratadas as perspectivas para a presidência do Brasil no G20 no próximo ano e como os governos brasileiro e francês podem trabalhar não só bilateralmente, mas multilateralmente visando uma pauta comum. Após o encontro, Silveira também recebeu representantes de empresas do segmento nuclear como a EDF e a Framatome, além da Urano.

A França lidera na Europa um movimento de retomada da fonte nuclear, motivado pela guerra na Ucrânia e a crise energética decorrente, assim como a necessidade de diminuir as emissões de gases do efeito estufa. O presidente Emmanuel Macron tinha decidido fechar de 14 a 58 reatores até 2025 mas voltou atrás e anunciou uma reativação do setor.

Outra corporação que se fez presente na última quinta-feira (12) foi a Total Energies, que deve investir R$ 500 bilhões nos campos que tem participação, além de projetos de energia no Brasil, incluindo eólica offshore, pesquisa e exploração de óleo e gás, bem como eólica onshore e solar. Atualmente a empresa é a terceira maior produtora no segmento de óleo e gás no Brasil, com uma produção diária média de 138 mil barris de petróleo e mais de 5,9 milhões m³ de gás natural.

O Ministro Alexandre Silveira segue na capital francesa, onde cumpre agendas bilaterais visando a atração de investimentos para o Brasil. Nesta sexta-feira, 13 de outubro, ele participa do Fórum França-Europa-Brasil ESFERA Paris.