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A Sunhub, do Bonö Group, ampliou seu portfólio CRM destinado a integradores que buscam eficiência em suas operações comerciais e administrativas no setor fotovoltaico. Segundo o CEO da empresa, Guilherme Semensato, a companhia passou por um processo de crescimento e comunicação entre pelo menos sete áreas, unificando a operação para entrega técnica de todos projetos e obras por meio de uma única ferramenta. Inspirada em sua própria experiência de estabelecimento no mercado, a ideia é compartilhar o conhecimento com outros players mais recentes.
“É um ecossistema justamente para ajudar as empresas a passarem por um momento que já passamos em termos de operação, como usinas de grande porte”, resume o executivo em entrevista à Agência CanalEnergia, afirmando que a gestora pagou caro na época para ter esse tipo de informação que leva ao mercado.
O novo portfólio de produtos e serviços segue o conceito de Soluções as a Service (SaaS), tendo surgido em 2021 como resposta à necessidade de crescimento organizado e acelerado no mercado solar, que agora conta com soluções em gestão comercial, marketing, gestão jurídica e capacitação de pessoas, entre outras. “Nosso objetivo é resolver os desafios e dificuldades enfrentados pelos integradores por meio de soluções práticas e personalizadas para cada etapa do negócio”, enfatiza o CEO.
Antes eram sete sistemas para controle, cada um cuidando de um tipo de gestão, com novos produtos agregados e que possibilitam controlar desde a prospecção de clientes, formatação da proposta até o fim do negócio com a assinatura eletrônica. É possível também realizar consultorias, gerar leads para novas oportunidades, automatizar o envio de mensagens via WhatsApp e realizar ligações telefônicas por dentro do sistema somada como registro de interação, além de outras funções.
Cenário
Na visão de Semensato, a maioria das empresas não possuem ferramentas CRM para trabalharem suas carteiras, sofrendo atualmente pois contratavam plataformas que só geravam propostas aos clientes de uma forma mais rápida, porém sem o lançamento e análise de leads para serem trabalhados posteriormente, revivendo oportunidades de negócio a partir de uma base histórica.
“Quem teve soluções mais bem implementadas, principalmente em CRM, teve carteira para trabalhar, até porque desde o ano passado a queda no preço dos equipamentos foi agressiva, compensando o investimento na solar”, pontua.
Segundo ele, há dois anos a maioria dos integradores tinha facilidade na venda do produto pois havia muita demanda em função da janela regulatória e cenário político, muito mais do que as empresas estavam vendendo. Agora seria preciso uma análise mais realista, de que para um mercado que vem crescendo ano após ano, é difícil manter essa taxa de evolução.
“Hoje o que está retraindo o mercado são os consumidores em todos os segmentos. Todo mundo está segurando os investimentos pois o capex de um projeto está muito barato, 60% em relação a outubro do ano passado”, avalia.
Para o CEO, esse momento de nivelamento de mercado é o melhor cenário para aplicar recursos na fonte solar, não vendo mais os juros como um problema, já que o preço dos equipamentos está baixando para um investimento de renda fixa muito bom, e que fará os prosumidores desejarem que depois da instalação o preço da energia aumente para retornos mais rápidos.
Mais 500 clientes e R$ 2 bilhões em 2024
A plataforma da Sunhub, que lida com cerca de dez concorrentes no mercado, registrou recentemente uma movimentação financeira recorde, acima de R$ 1 bilhão nos últimos 12 meses. A meta agora é alcançar uma movimentação de aproximadamente R$ 2 bilhões em 2024, com esse ano devendo ficar na marca de R$ 1 bilhão. Em seu começo, em 2022, a empresa fechou com R$ 220 mil recorrentes, atendendo mais de 200 empresas no segmento.
Quanto aos clientes, o objetivo de angariar mais 340 contrapartes até 2026 já foi ultrapassada por meio de uma solução criada para uma das maiores multinacionais do país e que pode representar mais 500 novos integradores. “Só as empresas que estão mais organizadas em termos de carteira estão conseguindo vender, mas não na mesma proporção de outros anos”, reforça Guilherme Semensato. O executivo também destaca que atualmente existe no mercado uma preocupação maior com a segurança e qualidade, filtrando os players que vão ficar e outros que vão sair.
Um movimento foi iniciado pelos próprios distribuidores estabelecidos, de começar a não separar por volume de compra, mas olhando mais as entregas, dificultando a vida dos aventureiros no segmento. O tema foi pauta de Reportagem Especial na Agência CanalEnergia no ano passado. “É um chancelamento que junto a selos de qualidade são importantes para avaliação das corretoras de seguros e instituições financeiras”, finaliza.