Olá, esse é um conteúdo exclusivo destinado aos nossos assinantes
Cadastre-se GRATUITAMENTE ou faça seu LOGIN e tenha acesso:
Até 5 conteúdos
fechados por mês
Ficar por dentro dos cursos e
eventos do CanalEnergia
Receber nossas newsletters e
mantenha-se informado
sobre o setor de energia.
Notícias abertas CanalEnergia
ou
Já sou cadastrado,

O relatório final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do 8 de janeiro destinou um espaço para os ataques a torres de transmissão que aconteceram em seguida aos atos de vandalismo as sedes dos Três Poderes. De acordo com o relatório lido pela senadora Eliziane Gama (PSD- MA) nesta terça-feira, 17 de outubro, os ataques, assim como os bloqueios a refinarias e distribuidoras de combustíveis, e outras ameaças de ataques a prédios públicos queriam produzir caos social e faziam parte de um movimento articulado em nível nacional.

O relatório mostra que logo após o 8 de janeiro, a Abin identificou uma série de ataques a torres de distribuição de energia. As informações de desligamentos monitorados pela Agência Nacional de Energia Elétrica que vieram do Sistema Integrado de Perturbações do Operador Nacional do Sistema Elétrico apontou que só em janeiro ocorreram cerca de 11 ataques às torres de transmissão de energia por vandalismo entre 8 e 24 de janeiro de 2023, em decorrência dos quais quatro torres foram derrubadas, sendo três em Rondônia e uma no Paraná e 16 foram danificadas – 6 no Paraná, 3 em São Paulo, 6 em Rondônia e 1 em Mato Grosso. No dia 9 de janeiro de 2023, nove torres de transmissão de energia elétrica foram atacadas, das quais três foram derrubadas, duas na cidade de Medianeira (PR) e uma em Rolim de Moura (RO).

O documento conta ainda que os atos de vandalismo entre os dias 8 e 16 de janeiro tem indícios de sabotagem, demonstrando preocupação com o uso de retroescavadeiras ou tratores por parte dos criminosos contra torres de transmissão. Um dos caso citados foi o do dia 18 de janeiro, quando uma torre da Chesf em Pernambuco, foi danificada. Segundo a PRF, a base de terra de sustentação de torres danificadas havia sido revirada. Outro caso revelado foi o ocorrido em Feira de Santana (BA), em que uma mochila com quatro artefatos que poderiam ser explosivos conectados a uma placa eletrônica foi encontrada em um viaduto.

Segundo a senadora, o relatório é baseado nas oitivas e nos documentos que chegaram à CPMI. Foram indiciadas 61 pessoas, entre elas o ex-presidente Jair Bolsonaro, por associação criminosa, violência política, abolição violenta do Estado democrático de direito e golpe de Estado. Depois de cerca de cinco meses de trabalho, o documento final tem 1.333 páginas. O presidente da Comissão, deputado Arthur Maia (União-BA), deu prazo para até 9h da próxima quarta-feira, 18, para o pedido de vista coletiva, com o parecer devendo ser votado no mesmo dia.