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A Eneva anunciou nesta sexta-feira, 20 de outubro, assinatura de contrato com a Vallourec para uma participação societária no Complexo Solar Futura I, localizado na cidade de Juazeiro, na Bahia. O contrato de 29 MW med da empresa de soluções tubulares irá vigorar entre setembro de 2023 e dezembro de 2035. Em conversa com jornalistas o diretor de Marketing, Comercialização e Novos Negócios da Eneva, Marcelo Lopes, lembrou que Futura é um dos maiores parques solares da América Latina e o contato envolve cerca de 25% do consumo total da Vallourec. Ainda de acordo com ele, a parceria para a autoprodução reflete o empenho da geradora em criar soluções para a descarbonização das empresas.
A negociação foi aprovada sem restrições pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica. A Vallourec tem investido em tecnologias e processos para o desenvolvimento de fontes alternativas à energia não renovável, visando ao alcance de resultados sustentáveis em toda a linha de produção, considerando os esforços do grupo de descarbonizar as operações. Outra empresa que também já contratou a energia produzida pelo complexo solar foi a White Martins. O contrato de 100,6 MW med também vai de 2023 até 2035.
A Eneva ainda negocia a possível entrada de um sócio para o seu portfólio de renováveis. Segundo Lino Cançado, diretor-presidente da empresa, a negociação não tem data para ser definida e que apesar de haver mais de uma proposta, caso não se alcance o valor esperado, não se concretiza. O sócio pode adquirir uma participação ou mesmo a totalidade da carteira. “Temos um preço de reserva para vender o nosso portfólio de renováveis, se ninguém não chegar ele, não vai vender”, explica.
Além de Futura I (837 MWp), que já está operacional, o portfólio de renováveis da Eneva abrange duas expansões do próprio complexo Futura e o projeto eólico Santo Expedito, no Rio Grande do Norte. Ainda de acordo com o diretor de Relações com Investidores, Marcelo Habibe, a companhia, que nos últimos anos adquiriu a Celse – que opera a UTE Porto de Sergipe (SE 1.500 MW) – e a UTE Fortaleza, não descartou a aquisição de novas plantas térmicas, desde que façam sentido e estejam principalmente próximas a locais em que a geradora tem algum tipo de atuação.