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Em setembro, o consumo nacional de energia elétrica foi de 44.462 GWh, uma alta de 5,2% em comparação com mesmo mês de 2022, o maior crescimento desde agosto de 2021, segundo dados da resenha mensal da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). As classes residencial (+9,1%) e comercial (+8,5%) se destacaram, liderando a expansão no consumo, a indústria (+1,9%) também contribuiu. Já no acumulado em 12 meses, o consumo nacional registrou 520.210 GWh, alta de 2,3% em comparação ao período imediatamente anterior.

Com 15.975 GWh, o consumo industrial de eletricidade acelerou e cresceu 1,9% em setembro, na comparação com mesmo período do ano anterior. O Nordeste (+11,8%), com a maior expansão entre as regiões geográficas, puxou o consumo da classe, seguido pelo Norte (+6,3%). As regiões Centro-Oeste (+0,6%) e Sul (+0,5%) também elevaram seus consumos, enquanto apenas o Sudeste (-0,8%) consumiu menos. Mesmo com o consumo industrial de eletricidade expandindo, quase metade dos setores monitorados consumiram menos, evidenciando a contribuição dos setores mais eletrointensivos para a elevação no consumo da classe.

Já consumo de energia elétrica das residências foi de 13.641 GWh, em setembro, expansão de 9,1% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Foi a maior taxa de variação mensal desde janeiro de 2021 (+4,3%), porém igual ao registrado em dezembro de 2020 (+9,1%). A alta do consumo das residências foi impulsionada pelo aumento do uso dos aparelhos de ar-condicionado, em razão do calor extremo, das ondas de calor e queda da umidade relativa do ar. Além disso, outros fatores ainda contribuem para o consumo de energia elétrica da classe residencial em setembro: o aumento do número de consumidores residenciais, reflexo de novas ligações e de reclassificação de consumidores pela distribuidora de energia elétrica; crescimento do consumo das famílias pela melhora dos indicadores econômicos nacionais, como o aumento da renda, a queda da taxa de desemprego e da inflação e pela redução das perdas de energia. Todas as regiões anotaram crescimento do consumo no mês: Norte (+14,8%), Centro-Oeste (+10,9%), Nordeste (+9,9%), Sudeste (+8,5%) e Sul (+5,6%). A região Norte foi a mais afetada por secas históricas e recordes de temperaturas em setembro, contribuindo para a alta taxa de variação da região.

O consumo da classe comercial expandiu 8,5% em setembro frente a setembro de 2022, atingindo 8.019 GWh. Foi a maior taxa de variação desde a registrada em julho de 2022 (+8,3%). Temperaturas acima da média histórica, assim como um melhor desempenho do setor de comércio e serviços impulsionaram o consumo da classe no período. Todas as regiões tiveram expansão na taxa de consumo da classe. Sendo que neste mês, o maior destaque no consumo foi a região Sul (+10,8%). Seguida pelo Sudeste (+9,8%), Norte (+6,7%), Centro-Oeste (+5,2%) e Nordeste (+4,3%). Entre os Estados, os maiores destaques no consumo na ordem de dois dígitos foram quatro: Espírito Santo (+17,1%), Paraná (+16,0%), Roraima (+11,2%) e Rio de Janeiro (+10,3%). Entretanto, somente Mato Grosso do Sul (-0,9%) e Rio Grande do Norte (-0,1%) tiveram um leve recuo do consumo de energia elétrica em setembro.

E por fim, quanto ao ambiente de contratação, com 18.135 GWh, o mercado livre respondeu por 40,8% do consumo nacional de energia elétrica em setembro, registrando 6,8% crescimento do consumo e 24,4% do número de consumidores, na comparação com setembro de 2022. Já o mercado regulado das distribuidoras, com 26.327 GWh, respondeu por 59,2% do consumo nacional de eletricidade em setembro, alta de 4,1% na comparação com 2022, enquanto o número de unidades consumidoras aumentou 1,9% no período, apesar da migração de consumidores para o mercado livre.