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A agência de classificação de risco, Fitch Ratings, afirmou que a recém-anunciada alienação de 100% do capital social da EDPT SP-MG e da Mata Grande Transmissora de Energia pela EDP Energias do Brasil fortalece a qualidade de crédito da companhia dentro da sua atual classificação. Atualmente, a agência classifica a EDP BR com o rating nacional de longo prazo AAA(bra), com perspectiva estável.

Segundo a Fitch, os recursos provenientes da venda dos ativos fortalecem a moderada posição de liquidez da EDP BR e possibilita que a empresa mantenha a estratégia de realizar novos investimentos sem pressionar a sua qualidade de crédito. Este ganho é parcialmente contrabalançado pela menor exposição da EDP BR ao segmento de transmissão, que apresenta menor risco de negócio, e cujos dois ativos contribuem para a diversificação de ativos.

Em 1º de novembro de 2023, a EDP BR anunciou a venda de dois de seus sete ativos de transmissão à Edify por R$ 2,7 bilhões, que inclui R$ 1,7 bilhão de dívida líquida dos ativos ao final de setembro de 2023. As linhas de transmissão alienadas possuem uma receita anual permitida (RAP) de R$ 287,7 milhões, para o ciclo 2023/2024 e 857km de extensão. A transação está sujeita a condições precedentes habituais e estima-se o fechamento e recebimento dos recursos até o final deste ano.

De acordo com a agência de risco, a transação segue a estratégia da EDP BR de rotação de ativos, e a entrada de caixa de cerca de R$ 1 bilhão fortalece o perfil de liquidez e amplia ligeiramente o espaço para o aumento da alavancagem financeira do grupo sem atingir o gatilho de rebaixamento do rating (rating headroom). Na comparação com o cenário-base de rating anterior, a Fitch acredita que haverá uma redução da relação dívida líquida ajustada/ebitda, em bases consolidadas, de aproximadamente 0,6 ponto ao final de 2023, atingindo 1,9 vez, frente ao gatilho de 4,5 vezes, enquanto a expectativa para 2024 é de uma redução de 0,5 ponto frente ao cenário anterior, atingindo 2,0 vezes.

O rating da EDP BR reflete sua rentável e diversificada atuação, em termos de segmentos e ativos, no setor brasileiro de energia elétrica, que ajuda a diluir riscos operacionais e regulatórios. A Fitch espera que haja um fortalecimento da geração operacional de caixa do grupo EDP nos próximos anos, dada a recuperação do consumo de energia nas áreas de concessão de suas distribuidoras, e a melhora no cenário hidrológico. O cenário-base da classificação considera que o grupo manterá uma alavancagem financeira conservadora e um amplo acesso a fontes de financiamento, de modo a mitigar os riscos de carregar uma posição de liquidez mais moderada.

A Fitch acredita que o perfil de crédito da EDP BR também se favorece dos incentivos estratégicos e operacionais médios que sua controladora, a EDP – Energias de Portugal teria para suportá-la, caso necessário, de acordo com a metodologia de vínculo entre ratings de controladoras e subsidiárias. Ao final do período de 12 meses encerrados em setembro de 2023, a EDP BR, em bases consolidadas, registrou receita líquida de R$ 15 bilhões, EBITDA de R$ 4,6 bilhões, dívida total ajustada de R$ 12 bilhões e caixa e aplicações financeiras de R$ 1,7 bilhão.