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A Engie Brasil mira sua participação no próximo leilão de capacidade para o ano que vem com dois projetos hidroelétricos. O diretor Financeiro e de Relações com Investidores da empresa, Eduardo Takamori, disse nessa terça-feira, 7 de novembro, que a pretensão na futura competição que está sendo estudada pelo governo segue a estratégia de monitorar todas as formas de contratação de energia no longo prazo, citando os quatro poços disponíveis e que totalizam perto de 1 GW nas usinas Salto Santiago e Jaguara.

“Sempre temos questionamentos quanto a relação dos recursos hídricos, térmicos e a forma de calcular essa demanda necessária no médio e longo prazo, que ainda está incipiente e os modelos em desenvolvimento”, comentou o executivo ao ser perguntado sobre a demanda consolidada prevista para o leilão.

Após a compra de 535 MWp em ativos da Atlas Renováveis, Takamori foi questionado sobre o ritmo futuro para novas aquisições, o que ele afirmou que seguirá sendo feito com disciplina financeira e que agora não é um bom momento para projetos greenfield, que requerem contratações de energia no longo prazo. “Vamos segurar um pouco os investimentos em novos projetos, olhando com mais atenção a transmissão e geração para bom uso do capital”, pontua, afirmando que a fonte solar está compatível nesse período e com sinergias aos ativos operacionais da companhia, que irá também seguir fazendo gestão de portfólio e clientes, aproximando-se ainda mais dos consumidores menores.

Sobre os contratos de venda de energia, o gerente de Relações com Investidores, Rafael Bosio, ressaltou a diminuição do apetite num momento de preços pressionados, mas que a empresa tem buscado nichos no mercado livre onde se tem uma relação de ganha a ganha, vendendo num preço superior da média do mercado e o consumidor pagando menos do que na distribuidora. “Assim reduzimos o impacto do preço médio do portfólio, que é indexado e tem uma forte inércia”, acrescenta, falando em nível de contratações fechadas até 2028 no ambiente de livre contratação.

Reset no setor?

Quanto as mudanças legislativas no setor, Eduardo Takamori afirmou que apesar do Projeto de Lei 414 estar há muito tempo parado, o chamado reset no setor, que está sendo comentado no mercado, pode convergir com alguns temas do PL junto a uma versão nova. “Esperamos que surja algum fruto de todas as discussões que avancem. Temos esperança e somos moderadamente otimistas com o Brasil”, comentou.

O dirigente também citou necessidades de aprimoramentos regulatórios para abertura de mercado, redução de subsídios da GD, autoprodução, além da deliberação da Aneel sobre a Rede Básica do Sistema Existente (RBSE) e o valor que foi pago maior por todos os usuários da rede de transmissão, num tema complexo e que vem se arrastando no tempo. O impacto setorial previsto é de R$ 8 bilhões em devoluções.