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A Enel SP aponta que a tempestade da última sexta-feira, 3 de novembro, que deixou mais de 2 milhões de unidades consumidoras sem energia levou a empresa a ter que reconstruir cerca de 100 quilômetros de redes de cabos de média tensão. De acordo com o presidente da concessionária, Max Xavier Lins, além disso, foram necessários realizar a troca de centenas de postes e de transformadores em diversas localidades da área de concessão que abrange 24 municípios e concentra mais de 7,5 milhões de unidades.

Em coletiva realizada na sede da empresa, na zona sul de São Paulo, o executivo destacou que 95% das ocorrências estavam relacionadas a quedas de árvores. Assim, ainda na manhã desta quarta-feira, 8 de novembro, havia 11 mil unidades consumidoras sem fornecimento restabelecido sendo três mil nos municípios de Embu e Cotia e o restante na capital paulista.

A promessa inicial era a de restabelecer todo o serviço até a terça-feira. O executivo comentou que essa reta final acaba sendo mais demorada mesmo porque os serviços acabam alcançando um menor número de consumidores. A prioridade para o atendimento no restabelecimento do serviço seguiu uma ordem de prioridades.

“Começamos com instalações que são prioritárias com hospitais, UPAs, estações de elevação de água, entre outros órgãos e prédios do governo e escolas porque no domingo era dia de Enem, na nossa região foram 84 escolas afetadas onde tivemos até que colocar geradores”, disse Lins. “Outro conjunto de prioridades são as instalações onde há equipamentos de sobrevida que precisam estar cadastrados de forma antecipada no centro de operações da empresa. Depois olhamos onde estão os maiores volumes de ocorrência que impactam o maior número de consumidores em todos os nossos 1.864 circuitos”, explicou ele.

Segundo os cálculos da concessionária por conta desse sistema de priorização na sexta-feira haviam sido restabelecidos cerca de 50% dos afetados. E antes do final de semana, a empresa afirma que o número de equipes em campo tinha sido triplicada ante as 300 que normalmente são mantidas e chegou ao pico de 1,2 mil unidades, volume quatro vezes mais elevado do que o normal ao agregar pessoal das concessões que detém no Rio de Janeiro e até mesmo do Ceará.

“Priorizamos por volumes de clientes e por isso no final ficam clientes em baixa tensão levando essa reta final a uma recomposição mais demorada. Quando se refaz o circuito de media tensão com 15 mil consumidores o impacto é mais rápido, já em baixa tensão e como se estivéssemos pinçando cada um dos clientes”, acrescentou Lins.

Essa recomposição de circuitos, continuou ele, foi extensa. Somente na cidade de São Paulo foram cerca de 300 árvores de grande porte. Foram necessárias a troca de postes e de cabos de média e de baixa tensão. Mas antes disso, a prefeitura tinha que retirar a árvore caída para então, com o terreno limpo poderem trabalhar.

O presidente lembrou que a legislação federal determina que o manejo da vegetação é de atribuição do município, a esfera que tem a autoridade e competência legal para a ação. Já a distribuidora é regida por legislação federal com regras estabelecidas pela Aneel, inclusive para o ressarcimento dos consumidores.

Aliás esse assunto deverá ganhar daqui a 30 dias uma proposta que está em estudo pelas cinco distribuidoras que atuam no estado de São Paulo, resultado da reunião da última segunda-feira com o governo do Estado. O foco deve está no ressarcimento de prejuízos das pessoas com itens que não são previstos pelas regras da Aneel que incluem atualmente equipamentos elétricos e eletrônicos bem como o tempo sem fornecimento de energia. Essa ideia é de estabelecer uma regra excepcional para consumidores de menor renda.