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A Copel encerrou o terceiro trimestre com lucro líquido de R$ 441 milhões, subindo 16,6% em relação ao mesmo período do ano passado. A companhia divulgou seus resultados financeiros, reportando Ebitda ajustado em mais de R$ 1,4 bilhão, alta de 26,8%, enquanto a receita líquida subiu 8,5% para mais de R$ 5,5 bilhões.

Os custos e despesas operacionais aumentaram 19,3% e os investimentos totalizaram R$ 543 milhões no período, com 86,4% indo para área de distribuição. O total da dívida consolidada, considerando o resultado de operações continuadas, ficou em R$ 15,1 bilhões ao fim de setembro, aumentando 21,7%.

Distribuição

O mercado fio da Copel Distribuição computou crescimento de 3,4% no consumo de energia elétrica e 2,1% no acumulado do ano. O ambiente viu sua demanda subir 4% e 1,6% no acumulado do ano. Já o faturado, que considera a energia compensada de MMGD, apresentou queda de 0,3 no e de 2,2% no acumulado do ano. Para o DEC, o resultado dos últimos 12 meses apurado em setembro foi de 7,97 horas. Já o FEC ficou em 5,41 interrupções.

PDV e estruturação

Na teleconferência aos investidores na manhã dessa quinta-feira, 9 de novembro, o diretor-presidente da empresa, Daniel Slaviero, destacou o Programa de Demissão Voluntária com 1.437 adesões efetivadas e economia anual estimada em R$ 428 milhões. Sobre reestruturação interna de funções e processos, ele salientou a busca pelo mínimo necessário em recontratação de pessoal e serviços. A saída representou 23% do quadro de colaboradores, o que vai exigir unificar e melhorar processos para uma estrutura mais adequada, com investimentos em tecnologia.

“Não é só adequação de estrutura e tamanho, tem outras evoluções e estamos vendo muita vantagem na questão regulatória”, aponta o executivo, afirmando que a companhia busca ter protagonismo nas discussões com o regulador, ainda mais que quer participar do leilão de capacidade via fonte hídrica para melhorar resultados da hidrelétrica de Foz do Areia.

Slaviero também salientou alguns processos duplicados e outros que não precisarão mais ser realizados com a privatização, como licitações e outras obrigações com os órgãos de controle, o que trará mais eficiência a corporação. Quando a alteração na remuneração dos executivos, uma consultoria internacional está acompanhando o tema, que será apresentado na assembleia de abril do ano que vem para começo de implementação.

Preço da energia

Sobre contratação de energia, o diretor-presidente informou que, tirando o GSF, a Copel possui uma pequena sobra para 2024, cerca de 6%, além de 11% para 2025. Já no ano seguinte o nível de descontratação aumenta consideravelmente por uma estratégia pautada por toda discussão dos atributos das fontes que ainda deve acontecer no setor, além da incidência dos períodos úmidos e secos.

“Desafio é ter energia descontratada para quando o preço voltar a subir e por outro lado não liquidar tudo no PLD, buscando um equilíbrio”, pontua Daniel Slaviero, prevendo que os preços devem subir no ano que vem em função das fragilidades das fontes intermitentes.

Sinal locacional

Questionado sobre o sinal locacional, em que o congresso tenta reverter uma decisão da Aneel e dar um peso maior para proximidade da demanda à unidade geradora e que influi em impactos nas concessões de geração renovadas, o executivo disse que esse é um dos pontos mais relevantes, que tem uma visão crítica quanto ao PDL 365, tanto na essência quanto na forma. “Primeiro é uma interferência indevida e traz insegurança jurídica e um enfraquecimento da Aneel, sendo mais um fator de instabilidade para um ambiente já complexo que o regulador está vivendo”, analisa.

Ele lembrou que o assunto foi pauta única de uma reunião entre governadores do Sul e Sudeste e que todos entenderam que as empresas que possuem atuação majoritária nos estados serão prejudicadas, citando também aumentos na tarifa dos consumidores do Norte e Nordeste caso as mudanças sejam efetivadas.

“A discussão está na CCJ e certamente vai ao plenário, onde a chance de passar é baixa, através de sinalizações que vemos recebendo externamente e do próprio Senado”, confia Slaviero, acrescentando que o Ministério de Minas e Energia não quis avançar em nenhuma discussão pois estão trabalhando com um cenário de não aprovação do projeto.

Nos cálculos preliminares da companhia, o pagamento postergado à pedido do governo para o bônus de outorga para renovaçãodas concessões das usinas Foz do Areia, Salto Caxias e Salto Segredo em 2024 é salutar, pois confere mais tempo. Cálculos preliminares indicam que a redução que o sinal locacional poderia representar aproximadamente R$ 1,2 bilhão. “Não queremos fazer um pagamento que tenha um grau de insegurança jurídica”, conclui.