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Um ano após iniciar sua trajetória com os primeiros testes em geração distribuída, a Serena, nova marca da Omega Energia, está com planos ambiciosos. A empresa tem a meta de comissionar três projetos por mês até o final do ano que vem nessa modalidade. Esse movimento vem depois de um plano de investimentos de R$ 4,5 bilhões aplicados em três projetos eólicos, dois no Brasil, Assuruá 4 e 5 e um nos Estados Unidos, Goodnight 1.

Em entrevista à Agência CanalEnergia, o CEO da empresa, Antônio Bastos, comentou que a meta da empresa é de chegar a 20 mil clientes até o fim de 2025. Nesse volume estão consumidores tanto no mercado livre quanto em GD, que dentro da organização da Serena são agrupados por perfil.

O ponto que define em qual diretoria esses clientes se enquadram, explicou o executivo, é o valor da fatura, a partir de R$ 50 mil é atendido pela diretoria de grandes consumidores e até esse valor, pela diretoria de pequenos e médios criada este ano e que atende até a classe residencial por meio de produtos negociados na plataforma digital.

A mudança de marca, divulgada no dia em que apresentou os resultados do terceiro trimestre, contou Bastos, tem relação justamente com o momento pelo qual a companhia passa. Houve uma questão nos Estados Unidos com uma empresa homônima por lá a Omega Energy, mas que ajudou a impulsionar a meta da companhia que era a de se aproximar de pequenos e médios consumidores, o foco da empresa atualmente. E o reposicionamento viria com a marca nova.

Esse posicionamento vem ao mesmo tempo em que o mercado brasileiro está prestes a ver uma alteração importante, o aumento do volume de consumidores no mercado livre de energia com a abertura da média e alta tensão. A partir de janeiro, lembrou Bastos, o ACR terá a possibilidade de aumentar o número de consumidores por 10.

Dos mais recentes projetos da empresa, Assuruá 4 está com 61,4% de fator de capacidade. São 211,5 MW de potência instalada. Esse empreendimento está em operação desde o início do ano. O outro ativo é Assuruá 5 com 243,6 MW e foi liberado em outubro.

“Um número interessante é que temos 96% da produção de energia já negociada por 10 anos”, sinalizou ele ao destacar que esse movimento de aumento no volume de garantia física contratada começou a pelo menos 2 anos. “Começamos esse movimento passamos de 80% para 96% quando avaliamos que havia o risco de o preço ficar mais baixo com sobreoferta e que poderíamos ter dois verões chuvosos”, acrescentou.

A empresa possui uma capacidade instalada operacional de 2,4 GW e garantia física de pouco mais de 1,1 GW médio. Foram produzidos, segundo o mais recente balanço, da semana passada, 2.547 GWh.

Nesse volume ainda não consta o ativo nos Estados Unidos, localizado no estado do Texas, um ambiente de mercado livre. Segundo o CEO, esse parque será uma vitrine para a atração de novos investidores para a agora Serena. São 265,5 MW em 59 turbinas da Vestas.

O diretor de Implantação e Engenharia da Serena, Gustavo Mattos, destaca que esse final de ano o trabalho está no ramp up que é diferente do Brasil e acontece de forma mais acelerada. Estão esperando o aval do operador do Texas para começar a injetar energia no grid daquele estado.

Bastos destaca a execução da obra e a operação desse ativo como os atrativos para outros investidores daquele país, cuja oportunidade de investimentos é grande diante da meta em substituir fontes mais sujas por outras mais limpas com os incentivos do Inflation Reduction Act (IRA) na casa dos trilhões de dólares.

Apesar disso, ele garante que o foco principal de investimentos e de negócios está no Brasil. Por enquanto, em geração distribuída enquanto os preços do mercado continuam baixos e dificultando a viabilização de novos projetos de grande porte. Outra frente que a companhia deve olhar, além das oportunidades em GD, está em hidrogênio verde. Bastos conta que a discussão acerca do tema está mais presente no país e que isso pode levar a novos ciclos de investimentos para alcançar mais escala com novos negócios. Contudo, ele não considera a fonte eólica offshore.

“Não vemos custos competitivos para a offshore, mas defendemos a liberdade de competição desde que esta seja isonômica e justa. Ainda vemos a eólica onshore e a solar mais competitivas, ainda há muito potencial no Brasil”, classifica o executivo.