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A Associação Brasileira do Biogás e o Governo do Estado do Rio de Janeiro assinaram nesta segunda-feira, 13 de novembro, Termo de Cooperação Técnica com o objetivo de acelerar o crescimento do biogás e do biometano no estado. O secretário de Energia e Economia do Mar, Hugo Leal, e a presidente executiva da ABiogás, Renata Isfer, assinaram o documento na abertura da décima edição do Fórum do Biogás, em São Paulo (SP).
A cooperação, válida até 2025, irá implementar projetos de desenvolvimento do biogás e do biometano no estado. Serão ações conjuntas de divulgação e realização de eventos, debates e troca de informações sobre o setor. No ano que vem, a secretaria e a associação planejam a elaboração de um Plano Estadual de Biogás e Biometano.
De acordo com o secretário, o estado fluminense já tem uma lei de 2012 que estimula o biogás, mas o avanço não foi total porque ainda faltam elementos que sustentem a evolução e as condições de operação do energético. O mercado não enxergou “Inserção na rede, definição da tarifa, valor de molécula, são ações que precisamos resolver no estado”, avisa. Segundo ele, o estado ainda precisa consolidar o novo mercado de gás e abordar a renovação da concessão da distribuidora de gás natural. A associação tem colaborado nessas discussões, o que junto com o marco do saneamento, cria oportunidades para o biogás.
Ainda de acordo com Leal, o estado tem potencial para ter energia de biogás através da biomassa de cana, assim como biometano. Ele aposta nos aterros sanitários como nicho de oportunidades. Segundo ele, o Plano Nacional de Resíduos Sólidos é outro regramento que traz oportunidades para o biogás, mas que também ainda não foi enxergado como tal. As usinas fluminenses Urca Gás Verde e Dois Arcos geram biometano e a maioria da produção fica no Rio de Janeiro. A inserção do biogás na rede é uma preocupação do secretário. Para ele, o papel do estado é não atrapalhar.
Leal elogiou a disposição da associação e lembrou que apenas o discurso não muda política pública, sendo necessária ações de estímulo. Ele dá como exemplo o êxito do Gás Natural Veicular no estado, que com um programa próprio de mais de dez anos levou a um consumo de 3,2 milhões m³/ dia, abastecendo 1,7 milhão veículos. O público é formado por taxistas e motoristas de aplicativo, que precisam ter a economia do retorno. “Se você tem um mercado e pode espalhar esse potencial desse mercado, naturalmente o biometano pode crescer ainda muito mais. Nada impede a expansão.”, aponta.
O estado tem mais de 80% da produção de petróleo e 70% da produção de gás natural. A produção fluminense é de 1,7 milhão m³/ dia de biogás e de 525 mil m³/dia de biometano. Leal anunciou ainda que no próximo dia 24 será lançado um corredor sustentável Rio x SP, com gás para veículos pesados. São sete postos, quatro no Rio de Janeiro e três em São Paulo.
* O repórter viajou a convite da organização do Fórum do Biogás