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As altas temperaturas registradas na primeira quinzena de novembro no Brasil elevaram o consumo. Com os recordes diários registrados essa semana, o ONS atualizou a projeção de carga de novembro e a alta estimada é de 13,3% ao final do mês.

O destaque está com o Sudeste/Centro-Oeste que deverá encerrar o período com alta de 14,6% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Mesmo assim, o índice mais elevado está no Norte com alta de 17%, seguido do Nordeste que poderá encerrar novembro com alta de 13,6% e o Sul com expansão de 6,6%.

Essa alta menos expressiva decorre das chuvas naquele submercado. Um recorte que pode ser dado para essa região é o nível de energia natural afluente prevista para o final de novembro que é de impressionantes 49.382 MW médios, volume que corresponde a 530% da média de longo termo. Depois desse vem o SE/CO com 85%, Norte com 54% e NE com 44%.

Apesar dessa perspectiva de afluências 6 vezes acima da média, a previsão é de que os reservatórios do sul encerrem novembro em queda ante o volume atual, saindo de 86,9% para 67,1%. No SE/CO é esperado 64,3%, no NE em 51,6% e no Norte em 48,6%.

O CMO continua zerado em todo o país em todos os patamares de carga, apesar de o PLD ter descolado do piso regulatório nos últimos dias, chegado a quase R$ 400 por MWh. O despacho térmico indicado pelo modelo Decomp é indicado somente por inflexibilidade declarada pelas térmicas. Está em 3.985 MW médios nessa semana operativa. Vale lembrar que os recentes recordes de carga levaram ao uso de todo o parque térmico disponível no país em alguns momentos.

Na semana que se encerra nesta sexta-feira, 17 de novembro, foram observados totais elevados de precipitação nas bacias dos rios Jacuí, Uruguai e em pontos isolados do Iguaçu. Na região Norte permaneceu a condição de pancadas de chuva em pontos isolados das bacias dos rios Tocantins e Madeira.

Já para os próximos sete dias a previsão é de precipitação nas bacias dos rios Jacuí, Uruguai, Iguaçu, Paranapanema, Tietê, Grande, Paranaíba, São Francisco e na incremental à UHE Itaipu. O ONS reforça que as bacias hidrográficas da região Sul apresentam os maiores totais de precipitação. E mais, a condição de pancadas de chuva em pontos isolados permanece nas bacias dos rios Tocantins, Xingu e Madeira.