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Estudo inédito feito pelo GEF Biogás Brasil e lançado pela Associação Brasileira do Biogás durante o fórum de Biogás, na última semana, em São Paulo (SP), mostra que o potencial de redução do energético em emissões no país pode chegar a 642 milhões de toneladas de CO2 equivalente por ano. Apenas no Sudeste, o valor fica em 251 milhões tCO2eq. De acordo com o especialista em Políticas Nacionais pela Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial, Tiago Quintela, o estudo é importante porque olha para o futuro e divulga os dados para um público além do agentes, como os formuladores de políticas públicas.

“O foco principal é fomentar a discussão e mostrar o quão viável e importante pode ser o biogás para o desenvolvimento do país”, afirma. O segundo lugar na redução das emissões fica com o Centro-Oeste, com redução de 156 milhões tCO2eq. A região Sul fica em terceiro, com 126 milhões tCO2eq, enquanto o Nordeste pode fazer recuar as emissões em 75 milhões tCO2. O Norte tem um potencial de redução de 34 milhões tCO2eq. O impacto ambiental, em conjunto com a criação de novos empregos em economia verde, poderia ajudar o Brasil a alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.

A pesquisa também identificou o potencial de empregos da fonte. São cerca de 800 mil empregos, com a região Sudeste puxando o topo da lista, com 238 mil empregos. O Sul vem em seguida, com possíveis 201 mil empregos. O Centro-Oeste tem desempenho similar, com 194 mil empregos. O Nordeste aparece no levantamento com 110 mil empregos, enquanto a geração de vagas na região Norte chegaria a 55 mil empregos.

Segundo ele, a intenção é que novos estudos sejam gerados para que os dados sejam aprimorados. No estudo foram mapeados empregos diretos, indiretos e induzidos. Este último é aquele que vai a reboque de qualquer emprego, como o do fornecedor de alimentos.

Ainda de acordo com Quintela, ao contrário de outros energéticos que são centralizados em algumas regiões, como o petróleo é na região costeira o biogás é distribuído. “Traz emprego e renda de forma descentralizada”, avisa.

O especialista conta que o setor vem crescendo 20% ao ano, o que mostra mais viabilidade. O governo poderia dar mais condições para que o crescimento acelere mais ainda. Ele acredita que setores do biogás ainda precisam de auxílio, por serem concessões do estado. Muitas prefeituras enfrentam dificuldades para viabilizar projetos de tratamento de resíduos sólidos que atendam a legislação atual.

O modelo de negócio da bioeconomia brasileira é diferente da realidade europeia. Quintela enxerga oportunidades para o biometano não apenas substituindo o gás natural, mas também em áreas como motores de ciclo diesel.

*O repórter viajou a convite da organização do Fórum Abiogás